Amor eterno...

Lilypie First Birthday tickers

sexta-feira, março 03, 2006

Um pouco de trabalho só nos faz bem...



Olá meus leitores favoritos!

Sei que vos tenho deixado um pouco sem atenção nestes dias, apenas tenho postado algumas coisas sem importância, como fotos que eu tirei, ou alguns vídeos, ou isso.

Hoje tirei cinco minutos para vos vir dizer olá.

Vim passar uns dias de férias, pois era fim de semana de carnaval, só ia ter três aulas em toda a semana, e portanto vim ao meu lindo Algarve.



Creio que nesse ponto sou um pouco como Miguel Torga e a sua força telúrica.

Preciso de estar em constante contacto com o meu meio, com a minha terra, com os meus marcos de referência, para poder ganhar as forças necessárias a aguentar semanas a fio num país estrangeiro.

No entanto, às vezes confesso que me ponho a pensar. E chego à conclusão de que devo viver desfasada no tempo.





Porquê, perguntar-se-ão vocês.

É muito simples.

Para onde quer que me vire, vejo os meus colegas, os meus amigos, a pensarem em sair de casa, partirem à aventura, muitas vezes sem pensarem sequer em regressar.

Não vou mentir, eu também penso em sair do País (porque será?...), mas sempre por um pequeno período de tempo, o suficiente para me poder lançar na vida. Ou mesmo que fique a trabalhar lá fora, quero viver perto dos meus. De alguma coisa servirá viver perto da fronteira :)

Acho que hoje em dia o conceito de "família" está um pouco ultrapassado.
Não por mim, para quem a minha família é tudo (e quem me conhece verdadeiramente sabe que não estou a dizer isto apenas por dizer, pela minha família não há nada que eu não fizesse), mas pela própria sociedade.

Hoje as pessoas têm tendência a apenas pensarem nelas próprias. Há um verdadeiro "culto do eu".

"Eu" sou importante, tenho que fazer o que "eu" quero, aquilo que para "mim" é melhor, e por aí fora. Se isso significar não acompanhar filhos, se isso significar enconstar-se ao trabalho dos outros, se isso significar largar (e peço desculpa pela expressão tão forte) os entes mais idosos num lar e visitá-los uma vez por ano no Natal (e mesmo assim olha lá...), então não se pensa duas vezes porque é o que a "mim" me convém.

Isto não me entra na cabeça.



Posso ser considerada retrógada, não me importo. Agora, há coisas das quais eu não abdico. E em primeiro lugar delas todas vem a minha família.

Afinal de contas, eu nasci, cresci e hei de envelhecer graças a ela. É pena que tanta gente hoje em dia se esqueças das suas origens, se esqueça que apenas está neste mundo porque duas pessoas se amaram e tornaram o milagre da vida possível.






Nunca nos devemos esquecer que também nós, que hoje somos jovens, um dia envelheceremos. Será que queremos ser deixados para trás, como uma peça de mobília usada e já sem préstimo? Ou será que devemos ter a humildade de perceber que quem anda neste mundo há mais tempo que nós se calhar (!!!!!) tem muita mais experiência?...

Por isso, ainda que de um jeito um pouco desastrado, aqui fica uma pequena homenagem à minha família, que amo incondicionalmente. O meu muito obrigado por me terem tornado quem eu sou hoje e por me ajudarem a transformar na mulher que serei amanhã. Obrigada pela educação que me deram. Obrigada por me terem deixado cair e a seguir levantar. Obrigada por tudo. Amo-vos.

Rascunhos antigos