Há precisamente um ano, a minha vida mudou. A minha realidade mudou. A minha condição mudou.
De repente, já não era só eu. Nem eu e o E. Éramos nós e a nossa feijoquinha.
Por muitos anos que viva, nunca me hei de esquecer do momento em que as duas risquinhas apareceram naquele teste, ao fim de 3 segundos. Gravidíssima!
Não consigo descrever o que senti... esse momento foi apenas ultrapassado pelo momento em que vi pela primeira vez o PJ.
Mas lembro-me da felicidade tremenda, do medo aterrador do futuro, de como tudo de repente parecia mais brilhante, mais intenso.
Lembro-me do E. e da sua cara de absoluta felicidade e alegria, aos pulos, abraçado a mim, e só dizia "vamos ser pais, vamos ser pais, vamos ter um filho".
Se tudo foi um mar de rosas a partir daí? Não. Nem de perto nem de longe.
Mas foi um dos momentos mais especiais da minha vida. Fez-me crescer, fez-me acalmar, fez-me relativizar muitos dos "problemas" que me rodeavam. De repente, tudo passou a ter menos importância: apenas importava o meu bebé, dentro de mim, e isso fez-me colocar em segundo plano muitas das coisas que tanto me incomodavam, ou que tanto me stressavam.
Já aí, dentro da minha barriga, com apenas alguns milímetros de tamanho, era o meu "ansiolítico natural", como dizia a C. no outro dia.
Todos nós ouvimos toda a nossa vida que um filho muda o nosso mundo.
Até podemos pensar que isso é verdade... mas apenas quando os temos percebemos o que realmente isso quer dizer.
Há um ano atrás, sem tirar nem pôr, tomei consciência de que tinha começado a minha caminhada em direcção ao meu maior sonho: ser Mãe.
Que melhor comemoração para o Dia da Mulher?
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