Mas a verdade é que ando cansada, para não dizer extenuada. O que vale é que adoro o que faço.
As últimas semanas têm sido algo atribuladas.
Fui obrigada a sair de Castro Verde por motivos que me foram alheios e que não interessa estar a discutir em praça pública. Mas pura e simplesmente não dava para continuar. Tive imensa pena porque me apeguei tremendamente a todos os meus alunos, já para não falar na minha casa que eu adorava. Mas a vida é mesmo assim, e por vezes temos que mudar. Resta-nos saber lidar com estas mudanças e transformá-las em algo positivo.
Foi precisamente o que fiz, e vi-me de um dia para o outro colocada numa escola integrada do Estado, dando aulas ao 10º ano profissional.
Que desafio!
Mas são aulas de piano, e adoro. É isso o importante.
Claro que estou a morrer de cansaço. Trabalhar a 100km de casa, fazendo 800km por semana, dá cabo de qualquer pessoa, sobretudo quando temos 24h lectivas de aulas, mais todo o trabalho individual que estas acarretam. Como a reunião de hoje, que começou às 11 e meia e lá para as 15h ainda ninguém tinha almoçado :S
Mas gosto. Gosto muito de ser "professora do ministério". Sei que vou ter problemas, confusões, burocracias.
Mas chegar à escola e ser recebida pelos alunos com abraços (nota: por um aluno MAIOR que eu!...) paga tudo.
E apaga qualquer cansaço, pelo menos durante as aulas...
Cada vez tenho mais certezas de que é isto que quero fazer, e todos os dias aprendo algo novo em termos de metodologias. E modéstias à parte, creio estar a safar-me bem, pois de anteontem para ontem, um dos grupos de MUC (música de câmara) montou uma valsa a 4 mãos impecavelmente bem! É tão reconfortante saber que eles estão ali por gosto, e porque quero evoluir...
FELIZ!
1 clips:
É esse o espírito, nem mais! :)
Acredito que tenha sido a melhor coisa que te podia acontecer, esta oportunidade que surgiu, e acredito que vai correr tudo bem e que te vais dar muitissimo bem ali.
Quanto ao cansaço, há que aprender a viver com ele lol, infelizmente é assim cada vez mais nos dias de hoje, temos de dar o nosso máximo até às últimas reservas para sobreviver - já nem digo: ter a vida que queremos...
Mas enquanto for numa área que nos gostamos, não custa tanto e saimos sempre compensados :)
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