"Não tenho tempo".
Quantos de nós, eu incluída, não usámos já essa frase como desculpa para tudo e mais alguma coisa?
Há uns tempos, li algo, não me lembro onde, que essa pessoa "fazia" o seu próprio tempo.
Andei muito tempo a tentar perceber o que isso queria dizer.
Esta semana, depois de ter espatifado o carro (já agora, o seu arranjo vai custar "apenas" 1500 aéreos... MEDO!), abri os olhos para muitas situações que estavam erradas na minha vida.
Ando a matar-me a trabalhar, e para quê? Não me está a trazer felicidade. Não estou a gozar a vida, que é curta, mais curta que um segundo. Não arranjo tempo para mim. Não arranjo tempo para nada. Mal estou com a minha família. Mal estou com o E. Sair com amigos é mentira. Poupo cada cêntimo numa ânsia quase sovina-forreta, e para quê? Para a festa de casamento? Mas eu ando a matar-me a trabalhar para estoirar tudo numas míseras horas? Não... ainda por cima agora essas poupanças vão direitinhas para o carro.
Então resolvi que a minha vida tinha que mudar.
Até agora foi fácil.
Mais fácil do que sempre supus.
Fiz o meu próprio tempo.
Inscrevi-me à mesma no ginásio. Fui de boleia duas vezes, e adorei. Simplesmente adorei. Naquela hora e meia que estou lá, não penso em problemas, em dinheiro, no carro, no trabalho, nos alunos que não estudam, no futuro incerto... penso apenas em mim. Canso-me, suo, dou o meu máximo, não por ninguém, não para nada, apenas para mim. E a sensação é excelente. Passadeira, bicicleta, musculação...
Em casa, arranjo facilmente 15 minutos diários para abdominais e flexões.
Em casa dos meus pais, 25 minutos de passadeira às 6f antes do trabalho e aos sábados depois do trabalho também se faz.
Além disso, resolvi gastar dinheiro comigo. Gasto sempre com os outros. Nunca comigo. Pois esta semana comprei uma bicicleta. Assim posso ir para a escola de bicicleta. Há anos que não andava de bicicleta, e tinha-me já esquecido da sensação de liberdade que era.
Reencontrei também a sensação de paz que tenho andado à procura.
Graças a um site fantástico, passo-a-rezar.net, consegui descarregar uns ficheiros que para além de me estarem a ajudar imenso a reencontrar a minha fé, me ajudam a relaxar, algo que não estava no meu dicionário há muito muito muito tempo.
Estou finalmente a fazer tempo para mim.
A pensar em mim em primeiro lugar, como já devia ter feito há muito tempo.
Para tudo ficar perfeito, só falta fazer um retiro para me reencontrar totalmente.
Venha ele!
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Quantos de nós, eu incluída, não usámos já essa frase como desculpa para tudo e mais alguma coisa?
Há uns tempos, li algo, não me lembro onde, que essa pessoa "fazia" o seu próprio tempo.
Andei muito tempo a tentar perceber o que isso queria dizer.
Esta semana, depois de ter espatifado o carro (já agora, o seu arranjo vai custar "apenas" 1500 aéreos... MEDO!), abri os olhos para muitas situações que estavam erradas na minha vida.
Ando a matar-me a trabalhar, e para quê? Não me está a trazer felicidade. Não estou a gozar a vida, que é curta, mais curta que um segundo. Não arranjo tempo para mim. Não arranjo tempo para nada. Mal estou com a minha família. Mal estou com o E. Sair com amigos é mentira. Poupo cada cêntimo numa ânsia quase sovina-forreta, e para quê? Para a festa de casamento? Mas eu ando a matar-me a trabalhar para estoirar tudo numas míseras horas? Não... ainda por cima agora essas poupanças vão direitinhas para o carro.
Então resolvi que a minha vida tinha que mudar.
Até agora foi fácil.
Mais fácil do que sempre supus.
Fiz o meu próprio tempo.
Inscrevi-me à mesma no ginásio. Fui de boleia duas vezes, e adorei. Simplesmente adorei. Naquela hora e meia que estou lá, não penso em problemas, em dinheiro, no carro, no trabalho, nos alunos que não estudam, no futuro incerto... penso apenas em mim. Canso-me, suo, dou o meu máximo, não por ninguém, não para nada, apenas para mim. E a sensação é excelente. Passadeira, bicicleta, musculação...
Em casa, arranjo facilmente 15 minutos diários para abdominais e flexões.
Em casa dos meus pais, 25 minutos de passadeira às 6f antes do trabalho e aos sábados depois do trabalho também se faz.
Além disso, resolvi gastar dinheiro comigo. Gasto sempre com os outros. Nunca comigo. Pois esta semana comprei uma bicicleta. Assim posso ir para a escola de bicicleta. Há anos que não andava de bicicleta, e tinha-me já esquecido da sensação de liberdade que era.
Reencontrei também a sensação de paz que tenho andado à procura.
Graças a um site fantástico, passo-a-rezar.net, consegui descarregar uns ficheiros que para além de me estarem a ajudar imenso a reencontrar a minha fé, me ajudam a relaxar, algo que não estava no meu dicionário há muito muito muito tempo.
Estou finalmente a fazer tempo para mim.
A pensar em mim em primeiro lugar, como já devia ter feito há muito tempo.
Para tudo ficar perfeito, só falta fazer um retiro para me reencontrar totalmente.
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