Começo sinceramente a precisar de cinco minutos para ser eu, a Rita. Para saber onde estou, o que fiz, o que preciso fazer. Cinco minutos para descansar, respirar fundo, aproveitar, viver.
(Hoje é dia de grande cansaço...)
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Os momentos mais marcantes da minha vida que se transformam em memórias eternas, guardadas num baú como se fossem um tesoiro.
Este país mata a vontade de criar, inovar e arriscar a qualquer pessoa...
A pessoa precisa de X. Pede X a quem lho pode emprestar. Dizem que X é acompanhado de n condições. Aceita-se.
De repente, quando se atingem as condições todas exigidas, por mais radicais ou não lógicas que possam ser, quando chega a altura de se ir buscar X, afinal havia mais uma ou duas condições, que deveriam ter sido adivinhadas por intermédio de uma bola de cristal.
Atingem-se mais essas condições.
Ganha-se a primeira parte de X.
Precisa-se da segunda parte de X.
Quem adivinha o que acontece?... pois... mais condições de que nunca ninguém ouviu falar, que na legislação são dúbias, mas sem as quais não se consegue a segunda parte de X.
O problema coloca-se quando essas condições são inatingíveis pois nunca foram contempladas.
E assim se brinca com a vida das pessoas, com o futuro das pessoas.
Hoje é dia de profundo ódio por certas instituições deste país.
E de repente, o natal passa a ser ainda mais mágico.
Até o Pedro nascer, tinha um sabor.
Depois de ele nascer, adquiriu novos contornos.
Hoje, ao ver pela primeira vez um filme de natal com o meu filho, voltei a sentir a magia de quando era pequena. De quando tudo tinha tanta cor, tanta felicidade, tanto entusiasmo que me dava borboletas na barriga.
Hoje, com o meu filho ao colo, senti-o viver esta magia de forma consciente pela primeira vez, e sim, chorei de alegria.
Alegria por tê-lo ao meu colo depois do que passou, alegria por tê-lo saudável, alegria simplesmente por ter a honra de ser mãe dele.
Algo me diz que este ano o natal vai ser ainda mais especial.
E hoje finalmente é dia de começar a fazer o quarto do meu piolho. Dia de pinturas, dia de montar móveis do tamanho dele, dia de criar o seu ninho, o seu canto.
O tempo voa, dois maravilhosos anos já passaram, é altura de ele ter o seu cantinho em casa.
Ao estilo montessori, terá uma parede quente como o sol, alegre como a vida, com borboletas livres pela parede, com móveis acolhedores, com uma cama ao seu nível.
Sabe bem poder providenciar-lhe as suas coisas e dar-lhe as ferramentas para se poder desenvolver com alegria e autonomia.
Hoje é dia de alegria.
Gosto do meu mundo.
No meu mundo, sou uma eterna criança, e convivo com criaturas fantásticas, seres especiais, vibrações e energias boas e más. No meu mundo, cada sentimento, cada emoção, cada acção e cada momento tem uma cor própria, um cheiro próprio e desencadeia uma resposta específica e especial. No meu mundo, há magia, há alegria, há uma vida bela, plena, feliz, em paz. Corro com lobos, vôo com pássaros, nado com golfinhos. No meu mundo, faço parte da Natureza como Filha da Terra e do Amor e da Energia que sou. No meu mundo, reconheço a centelha divina em tudo e todos quantos me rodeiam. Sou as raízes das árvores, sou o caule das flores, sou o vento da vida.
Gosto do meu mundo porque é bom. Porque é feliz. Porque é a imagem do Paraíso.
Mas por favor não se iludam... não me confundam com alguém que não sabe viver no vosso mundo também. Sei lidar com ele, cresci com ele, conheço-o.
Sou uma mulher selvagem, reconheço em mim sabedoria ancestral, honro-a e venero-a, e graças a ela vivo nos dois mundos.
Não me confundam com alguém néscio... posso parecê-lo, mas não o sou.