Sinceramente, nem vos sei dizer porque estou a fazer esta post. Não tenho nada de importante para dizer, mas estava um pouco aborrecida, sem nada para fazer de momento, e por isso mesmo resolvi vir escrever um pouco.
Quando era novita, escrevia imenso. Dizem que eu tinha imensa imaginação. Não sei se é verdade, eu apenas escrevia o que imaginava.
Foi sempre dos meus passatempos preferidos, escrever. Sobre seja o que for. Em que estilo for. Só não sei escrever poesia. Não porque não goste, mas porque acho que é uma arte tão bela que apenas pode ser manejada por quem de direito, por quem tenha mesmo o ímpeto de a escrever. O ímpeto e o génio.
Mas prosa...
Adoro escrever. Quando era pequenita pertenci a um clube de jornalismo, e a parte preferida do meu trabalho era precisamente escrever pequenos textos que eram depois publicados. Oh! que prazer eu retirava de inventar histórias, encarnando-me em objectos inanimados, fossem cadernos, fossem bonecos, fossem canetas...
Quanto gostava eu de imaginar os diálogos entre estes objectos e os seus donos...
Depois cresci, e o tempo para escrever tornou-se cada vez mais escasso. Já não escrevo. Já não consigo imaginar nada belo para escrever.
Ou quando imagino, faltam-me as palavras. Escrever não é como andar de bicicleta. Temos que praticar sempre, ou então perdemos a prática.
A última vez que escrevi foi há quatro anos. Quantas vezes, desde então, me apeteceu pegar num bloco de folhas, novo, por usar, com a textura tão característica do papel, um pouco áspero e rugoso. Quantas vezes me apeteceu apanhar uma caneta que arranhasse suavemente esse mesmo papel. E quantas vezes desejei que a minha imaginação voltasse a estar ao meu lado.
Juntas fariamos deste Mundo um sítio um pouco melhor.
Não haveria tristeza. Não haveria vilões. Apenas muita felicidade.
Felicidade. É isso que a escrita me transmite. Uma amena sensação dentro de mim, como se uma mão invisível me levasse ao colo, me transportasse, me afagasse. Felicidade. Como se o mundo não fosse um lugar frio e desprovido de sentimento mas sim um sítio bonito, idílico, bucólico. Mas não um sítio onde existisse aquela felicidade de trazer por casa. Seria antes um lugar onde cada um encontraria a sua paz interior.
Mas por uma razão ou por outra, vejo-me impedida de encontrar essa felicidade.
Oh, como gostaria de ser livre para escrever e tocar. Como gostaria de ser livre para poder encontrar essa felicidade fora da escrita. Mas não posso.
Tenho de escrever. É uma necessidade. É um dever.
É acima de tudo um prazer.
Há 1 mês
1 clips:
Minha adorada!
ADOREI! Tenho-te de novo, pequenina, entusiasmada e aescrever coisas tão linda... poesia sem quereres!
Adoro-te! Continua a povoar os meus momentos de saudade com palavras tão lindas como as que acabo de ler. Continua a falar com o teu "amigo João"... Será que elas só são vivência partilhada? Não acredito.
Amo-te muito
Nai
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