"(...) Não tenho culpa que tenha ido, enquanto eu voltei para T., para hoje estar cá às 9h, em algo que EU ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS POSSÍVEIS E IMAGINÁRIAS. (...) [uma amiga] aconselhou-me a desistir do meu sonho ou torná-lo um hobby porque tenho algo estável, ordenado fixo e subsídios. (...) Isto está a tornar-me amarga, amarga ao ponto de amuar por (...) ir sair e eu não poder. Amarga ao ponto de não conseguir ficar feliz (com a sua felicidade). Ninguém imagina como eu fico só de ter de vir para cá. Fico doente. Mesmo quando ouso ter ideias ou projectos, já nem tenho a coragem de começar a passá-los para papel. Para quê, se vão ser barrados? (...) Quero continuar a receber o meu ordenado, mas queria que ele fosse merecido e honrado. Aparentemente é pedir demasiado neste país. (...) Eu? Eu só queria trabalhar mas sentindo apoio. Aqui sinto-me atirada aos leões, sem saber o que fazer. (...) me acusa: "não te custa ganhar, não fazes nenhum e ainda recebes". O problema é que me custa muito mais do que possam imaginar. (...) Se eu renunciar ao contrato em Setembro, como ficará a minha vida? (...) não encontro outro emprego assim... mas e outra saúde mental? E depois, quem me paga o carro, o gasóleo, as propinas, o casamento, a casa? Se eu renunciar a este emprego como poderei fazê-lo? (...) Não sei mesmo o que fazer. O sonho alimenta a imaginação, nada mais. Não põe pão na mesa, nem gasóleo no carro, nem fraldas nos filhos... (...) eu sei que não tenho o direito a queixar-me, fique ou saia, já que será uma decisão minha e de mais ninguém. Mas eu não sei mesmo o que fazer :( "
(retirado do meu diário, hoje, 03 de Fevereiro de 2010. As reticências entre parêntesis representam outros pensamentos, mais íntimos, e que ainda não consigo partilhar com vocês. São "portas" para dentro de mim, e algumas só eu as abro - e que coragem preciso para o fazer!)
"Noscete ipsum"
Há 1 mês
1 clips:
Tu conheces a minha posição relativamente a esse assunto, mas sinto que devo dizê-la as vezes que for preciso:
o que interessa é sentires-te bem com aquilo que fazes... os valores materiais devem vir em segundo plano, até porque já uma vez o disse: não existem garantias... e não deves ligar assim tanto a o que certas pessoas dizem...
Enviar um comentário