Amor eterno...

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terça-feira, maio 09, 2006

Artigo sobre Erasmus

Sendo aluna do Ensino Superior nesta época em que tanto se fala do Processo de Bolonha, do Espaço Europeu do Ensino Superior e estando a realizar um semestre de Erasmus na Universidade de Santiago de Compostela, Espanha, não posso deixar de manifestar a minha opinião, contrapondo dois sistemas de ensino e dois universos que são completamente diferentes.

Nesta Universidade onde tenho o privilégio de estudar no período de tempo Fevereiro-Julho de 2006, tudo é diferente da Évora!

Começando, por exemplo, pela própria divisão do tempo lectivo. Semestres portugueses enfrentam-se aos quadrimestres espanhóis. Não é algo nem melhor nem pior, apenas uma organização diferente, o que vai ter repercussões a nível de início e de fim das aulas, bem como a nível de exames.

Há diferentes opiniões, pois a História cada um a interpreta de maneira diferente, e revela-se extremamente útil e interessante confrontar as opiniões que vi em Évora com as opiniões que vejo aqui.

Em termos de avaliação... a exigência é muito superior à de Évora, embora os professores sejam acessíveis. Apenas nos exigem que façamos aquilo que no fundo pagamos para fazer: estudar. É impensável entregar-se um trabalho fora do prazo estipulado no primeiríssimo dia de aulas. ”Deadline” adquiriu para mim um sentido que até agora não havia adquirido. É uma das maiores diferenças que encontrei aqui em Santiago... sei que em Évora, se apresentar uma explicação plausível, me dão a possibilidade de poder ter mais uns dias para entregar o trabalho que me foi atribuído. Em Santiago não. Vi companheiros meus a quem os trabalhos foram pura e simplesmente rejeitados porque em vez de entregarem dia 1 de Maio – feriado!, os entregaram dia 2. Temos todos que nos organizar muito bem para que no fim não fiquemos com uma impressão de afogamento e sufoque.

Em relação aos trabalhos, também existe muito o conceito de trabalhos “voluntários”... mas em que acabamos por ser prejudicados se não os fizermos e se não os apresentarmos à turma. Somos penalizados em 1,5 valores sobre 10 (transpondo para a escala de avaliação portuguesa, se não fizermos os trabalhos “voluntários” o máximo que podemos esperar obter na cadeira serão 17 valores). Mas continuam a ser voluntários...

Quanto às aulas em si, não diferem muito de Portugal.
Somos chamados a dar a nossa opinião, temos aulas práticas todas as semanas. A única coisa em que se calhar aqui se é mais dinâmico é no tipo de aulas práticas. Somos muitas vezes aconselhados a ir a exposições, ou a ler diferentes tipos de literaturas, ou a ver vários documentários filmes, estando esta preparação na base dos comentários e das aulas, que assim se tornam mais interessantes.


No entanto, uma experiência de Erasmus não se sente apenas no ambiente escolar. Há toda uma série de aspectos que nos enriquece enquanto pessoas.

Aprendemos a dar mais valor ao nosso país do que quando aí estamos... é verdade que é quando estamos mais longe de algo que mais lhe sentimos a falta!

Há uma enorme solidariedade entre todos os portugueses que aqui estudam. Muitos são do Porto, e é incrível ver aos fins de semana a verdadeira “máfia” que se estabelece na busca de uma boleia barata para o norte de Portugal. As pessoas unem-se, dão boleia a quem nunca viram antes, divide-se a gasolina, estabelecem-se contactos...

A vida social é imensamente engrandecida. Conhecem-se amigos para a vida. Trocam-se números de telefone, endereços de e-mail, com pessoas completamente diferentes de nós.
Algo de que estou a beneficiar imenso é da vida numa residência universitária. Sim, todos nós gostamos de estar à nossa vontade, afinal somos adultos, sabemos cuidar da nossa vida, não precisamos que nos digam o que fazer e quando o fazer, se queremos estar até às 2 da manhã a tomar um café devíamos ter direito a isso...


No entanto, há opções que se têm que tomar, e quando se vai estudar para um país diferente, a quase 900 km de casa, é bom estar-se numa residência. Não há tempo para solidão, não há tempo para tristezas. Há sempre alguém na biblioteca, na sala, na cozinha. Há sempre alguém com quem se conversar até às 7 da manhã (sim, porque temos de compensar os horários rígidos de entrada à noite de alguma maneira...), há sempre alguém que nos faz rir. As regras a que temos que obedecer são um mal menor, pois as vantagens de se viver num sítio assim são muitas. Embora seja verdade que também faz com que haja uma grande parte da vida de Santiago que não se chega a conhecer... tunas, coros, discotecas, teatro... é verdade que não aproveitamos a 100%, mas continuo a dizer que a vida em residência nos forma muito mais e nos ajuda muito mais a superarmos os desafios quotidianos do que se morássemos sozinhos.
Amigos, estudos, alegrias, tristezas, festas, saudades...


É tudo algo que sem dúvida faz parte do Erasmus, e que devemos aproveitar. A vida é curta, há que saber aproveitá-la.

E este programa europeu ensina-nos a aproveitar todos os bocadinhos que passamos num país diferente. São momentos intensos, porque se sabe que apenas acontecem uma vez na vida, não voltarão mais. E isso compele-nos a aproveitá-los de uma maneira muito mais enérgica, muito mais vivida.

No geral, posso dizer que esta está a ser sem dúvida a melhor experiência da minha vida. Estou a crescer, todos os que participam num Erasmus o fazem. Arranjei novas amizades, novos conhecimentos, novas experiências, vejo diariamente novas maneiras de lidar com situações corriqueiras, aprendo diariamente uma nova palavra em galego.

A cada dia que passo, sei um pouco mais que no dia anterior, pois estou a viver algo que nunca vivi e que nunca mais viverei. E são estes momentos únicos, acredito, que me marcarão para a vida.

E ao Erasmus o devo.





Ana Rita Faleiro
Estudante do 4º ano de História – Variante de Arqueologia

domingo, maio 07, 2006

algumas fotos minhas

Feliz Dia da Mãe!!!!!!!

Pois é, minha Nai querida, pensavas que não te ia dizer nada neste dia tão especial?

Pensei muito se deveria postar algo sobre ti neste blog, porque não queria a princípio partilhar a nossa relação tão especial com o resto do Mundo.

Mas depois pensei melhor.

Pensei em tdo o que tens feito por mim.
Pensei em todos aqueles pratos de lasanha vegetariana que fizeste de propósito para eu engordar.
Pensei em todas as vezes que me disseste que "não" gostas de mim.
Pensei em todas as vezes que fazes uma cara tão falsamente chateada por eu te dar um abraço.

E senti-me agradecida.

Agradecida porque lutaste por mim.
Agradecida porque me abraçaste sempre que precisei.
Agradecida porque estiveste sempre ao meu lado, nos bons e maus momentos, porque me ajudaste a fazer bolos de chocolate quando os testes me corriam mal, porque me gritaste quando foi preciso, porque me educaste da melhor maneira que sabias - e que, se calhar sem saberes, foi a melhor maneira existente. Educaste-me no teu Amor, na tua Ternura, na tua Amizade.

Ajudaste-me a passar pela "idade do armário" sem que eu me apercebesse, e tornaste-te sem dúvida na minha melhor amiga, a que me ama incondicionalmente, a que se zanga comigo sem medo, aquela a quem posso confiar a minha vida. Claro que temos as nossas discussões, mas quem não as tem?

És provavelmente a pessoa mais perfeita que conheço, e tenho um orgulho enorme em ti. Porque és lutadora (e nós as duas bem o sabemos... tiveste a coragem de lutar por mim se calhar quando mais ninguém a teve), corajosa, trabalhadora, amável, altruísta, disponível, amiga, confidente, divertida, alegre, brincalhona, viva, directa, frontal, sincera... queres que continue? És um amor de pessoa, a todos os níveis, és linda.

E para além disto tudo... és a minha Mamã, a minha Nai, a pessoa que mais amo neste mundo e no outro, a pessoa sem a qual a minha vida não faria sentido nenhum.

Corta-me o coração não poder estar fisicamente contigo hoje, mas estás no meu pensamento mais do que alguma vez poderás imaginar.

Contigo a minha vida torna-se bela, quente, confortável, acolhedora. Juto a ti, sinto-me envolta em mantos de ternura, como se fossem de veludo carmim, sinto-me protegida como se estivesse num castelo de pedra fortificado, sinto-me alegre e confiante como se todos s seres do Mundo cantassem em harmonia belas canções de Amor.

Pensando nisto tudo.... como não te partilhar com todo o Mundo??

És a minha Mamã, e tenho orgulho imenso de ser tua filha.

Feliz Dia da Mãe.

Amo-te daqui até ao céu do céu da Lua. (cultura partilhada... :p)

sábado, maio 06, 2006

Bota fumeiro da Catedral de Santiago


fotos e bota fumeiro 007
Vídeo enviado por titafaleiro

sexta-feira, maio 05, 2006

Parabéns velhote...

Uma postagem para homenagear um bebé que nasceu há 22 anos...

Näo consigo pôr em palavras o que tem sido o tempo há que estás junto a mim. No entanto, queria deixar-te aqui uma breve postagem.

Porque me aturas.
Porque me fazes cócegas.
Porque me fazes rir.
Porque te amo.

Espero que este dia täo especial para "o tu" se repita näo ad infinitum mas pelo menos durante muitos e muitos anos. E que me deixes estar sempre contigo para te fazer feliz.

Parabéns, bebézinho!

Feliz Aniversário!

terça-feira, maio 02, 2006

Eheh...

Mais uma vez, deviam estar a pensar que eu me tinha esquecido de vocês, ou que tinha desistido deste blog.

Nada disso.

Mas acreditem ou näo, näo tenho tido tempo absolutamente nenhum para vir cá deixar-vos um grande beijinho... está a ser de doidos, com tantos trabalhos que tenho para fazer, nem sei como vou conseguir...

Prometo que assim que tiver um pouco de tempo venho cá e recomeço a escrever e a chatear-vos e tal e coiso, mas agora tenho de ir para as aulas...

Um grande beijinho para vocÊs todos, queridos (e poucos...) leitores deste blog!

Rascunhos antigos