Amor eterno...

Lilypie First Birthday tickers

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Como prometido, um apanhado de algumas memórias de 2009...




"Noscete ipsum"
Alguns (pouquinhos, depois virão mais) dos momentos que mais me marcaram este ano.

Fica a promessa de amanhã ou assim fazer um apanhado completo.

Beijinhos e Feliz Natal!!!




"Noscete ipsum"

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Achei este site genial...

Acho que todos vocês deviam perder 5 minutos do vosso tempo e ir lá visitar. =)

http://e-livros.clube-de-leituras.pt/elivro.php?id=otesouro

"Noscete ipsum"

sábado, dezembro 12, 2009

Às vezes sinto-me... encravada.

Como se não conseguisse de facto fazer nada da minha vida, como se não passasse de um fracasso.

Olho à minha volta e vejo toda a gente conseguir os objectivos que eu tanto ambiciono e que por uma razão ou por outra parecem fugir de mim... E não me sinto tão nova quanto isso tudo, há tanta coisa que eu gostaria de já ter feito com a idade que tenho...

Nunca me senti nova, acho que esse sempre foi o meu problema. Senti-me sempre muito mais velha psicologicamente do que a minha idade biológica.

Não consigo sair de casa - não me entendam mal, adoro morar em minha casa, com a minha família, mas tenho este estranho desejo de abrir asas e voar. Mas por muito que o queira é impossível. Enquanto estudar é impossível, não há condições para com o que ganho poder pagar estudos, alimentação, casa, gasolina, água, luz, telefone... e medicamentos.

Em menos de uma semana, foram mais de 100 euros só para consultas e remédios, que ainda por cima não estão a fazer o efeito devido. Hoje acordei eram 7 da manhã a chorar de dores, parecia que me estavam a esmagar as pernas.

Não consigo estudar assim e tenho concerto dia 19.

Às vezes penso o que ando a fazer no curso... eu sei que não tenho capacidades para tirar este curso, ando a massacrar-me para nada, sinto que nunca conseguirei fazer nada em piano, seja tocar, seja dar aulas, seja acompanhar. É o meu sonho, música, e cada vez mais sinto-o longe de mim.

Talvez porque com o meu trabalho, não tenho tempo para a ponta de nada, e isto enerva-me... e depois, fico com falta de ar... e depois tenho de ficar de cama, e quieta... e depois enervo-me porque assim é que não estudo,... e entro num círculo vicioso do qual é cada vez mais difícil sair.

Sei que me falta pouco, mas a ideia de desistir está cada vez mais presente...

Desistir disto, pedir transferência para musicologia, sei lá...

Não sou boa em nada, nunca passo do médio, e caramba!, será um crime tão grande querer ser realmente boa em algo do que faço?

Não me sinto boa no meu trabalho, não me sinto boa no meu curso, não me sinto boa no que faço em casa, não sinto que consiga fazer nada bem, é uma eterna sensação de que nada chega. Estou sempre a querer agradar a toda a gente, e por vezes deixo para trás o que a mim me agradaria... Aaahh, que porcaria de sensação!...

Já nem escrever sei. Dantes escrevia tanto, adorava, era um escape que tinha. Hoje, olho para uma folha de papel e não sei o que escrever, tudo me parece vazio de sentido, tudo me parece ridículo, nada do que escrevo me parece bem.

E tudo isto para não falar no resto...

Nunca mais avanço com a minha vida, olho para as minhas amigas, estão todas casadas ou em vias de casar, ou a morar junto dos namorados.

Sei que sou eu que não me quero juntar sem estar casada, e sei que não posso apressar ou pressionar o Elias a este passo tão grande na nossa vida (apesar de já termos alguns planos, e de dentro de pouco tempo as coisas poderem mudar...), mas a verdade é que isto já não me chega... não me chega estar com ele apenas uma vez por semana, poucas horas, porque moramos a 130km de distância e só nos vemos em Évora, de 2f para 3f, e agora estou em risco de nem sequer poder ir a Évora esta semana, e isto está a deixar-me triste, muito triste. Temos os dois vidas tão ocupadas que por vezes não temos tempo para nós, e claro, depois começam as tensões. estou farta, farta, farta disto, mal posso esperar que ele acabe o curso.

E depois começam todos os outros problemas: onde vamos morar? Aqui? Na zona dele? E o meu trabalho? E o trabalho dele?

M***A, porque tem de haver sempre tantos problemas na minha cabeça?... porque é que por uma vez, as coisas nao podem ser simples em vez de serem tão complicadas?...

Qual de nós vai mudar de sítio? Qual de nós terá de fazer cedências em termos geográficos? Eu queria morar em Tavira - mas e ele?...

Mais...

Temos uma data relativa para o nosso casamento (mas que ainda vem tãããããõ longe, meu Deus... tão longe que creio que vou dar em doida!), mas nem conseguimos falar disso... eu quero começar a pensar a sério nas coisas, começar mesmo a organizar tudo como deve ser, e torna-se tão difícil...


Mais... ele nem é baptizado... como é que vamos conseguir casar pela Igreja?... Como é que vou dar volta a isto?... Ele não quer ser baptizado, está no direito dele, mas eu não me quero casar só pelo civil, para mim isso é uma palhaçada. Como é que nós vamos dar volta a isto? Porque eu sei que já não consigo estar sem ele, mas não sei como vamos resolver esta situação...

E a organização... como se organiza um casamento? O que temos que fazer? Por onde tenho que começar?... E quando??, podemos finalmente começar?

Sinto-me um fracasso, sinto-me uma encalhada na vida, como se não conseguisse avançar mais, e não quero mesmo ficar por aqui, não quero estagnar, mas também não sei o que fazer agora...


"Noscete ipsum"

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Estou triste, mesmo triste...

Ainda não o disse a ninguém, mas não sei se até amanhã me sentirei em condições de ir a Santa Maria da Feira... era bom demais para ser verdade, não era?...

Apetece-me chorar... estou farta de estar sozinha em casa, doente... :'(





"Noscete ipsum"

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Conhecem aquele velho ditado, "não acredito em bruxas mas que as há, há!" ?

Pois...

Depois de lutar tanto por este fim de semana a que tenho direito, em Santa Maria da Feira, depois de ter decidido ir, depois de tudo estar combinado, depois de estar entusiasmada, depois de ter falado com a filipa, depois de ter feito tantos planos... Pimba! Caí de cama... com uma porcaria de uma traqueíte que nem me deixa falar... :(

É quase como se fosse um sinal de que nao posso nem irei, por muito que queira... um sinal de que certos sonhos só se concretizarão se eu esperar muito mais tempo...

Que raiva...

Eu mereço este fim de semana de férias, trabalho que nem uma moira desde março, sem nunca ter tido férias, trabalho, estudo, dei aulas no verão, organizo coisas e concertos, não tenho tempo para mim, quase não tenho tempo para respirar, e quando surge finalmente uma oportunidade de sair, espairecer, ver uma velha amiga, passar um primeiro fim de semana de férias com o meu namorado... pimba... fico doente...

Mas que raio de sinal é este, hein? Parece feito de propósito... quero tanto, tanto, tanto ir...

Estou a tomar antibiótico, 6 dias, mas já estou mesmo a ver o filme todo... eu já me conheço... sei que com o azar que tenho em tudo, no sábado o Elias vai sozinho para Santa Maria da Feira, divertir-se durante um fim de semana inteiro, e eu vou ficar em casa, agarrada ao pc e ao farmville...

M***a... :'(


"Noscete ipsum"

sexta-feira, novembro 27, 2009

Talvez para o ano dê para ir a Santa Maria da Feira. Com a diferença de que já não será Santa Maria da Feira, nem terá o carácter especial que poderia ter desta vez... :( Oh well, it's life...


"Noscete ipsum"

quinta-feira, novembro 26, 2009

"Nem mesmo quando ela [alma] está no corpo pode ser vista; ela entra incógnita e parte desapercebida, possuindo ela própria uma natureza indestrutível, mas causando mudança no corpo; pois o que quer que a alma toque, revive, desabrochando; e o que quer que ela deserte, fenece e morre, tal a superabundância que ela tem de imortalidade (...)"

Pensamento de Eleazar, a 16 de Abril de 74 d.C., em Massada.


"Noscete ipsum"

segunda-feira, outubro 19, 2009

Tocar...

Acariciar suavemente as teclas negras e brancas de um teclado, de um piano...

Retirar desse amante sons, melodias, experiências, estados de alma, consolos...

Como pode uma coisa tão física, tão material, tão terreste, traduzir por palavras não ditas a essência de cada um de nós? Fazer-nos rodar, e rodar, e rodopiar, como se quiséssemos agarrar o fundo do nosso ser, ainda que nos seja verdadeiramente impossível conhecê-lo?

Que outra arte, que outro som, transmite tão bem a dualidade humana, sem ser a Música? Ela, como nós, é a um tempo humana e extra-humana, física e espiritual, está em nós e fora de nós, toca-nos e não se deixa ser tocada. Transmite quem somos quando nem nós próprios o sabemos, influencia-nos sem o podermos controlar ou evitar ou forçar.

Nós não a criamos, ela não se deixa ser criada, simplesmente a redescobrimos na sua essência e inocência original, como se atingíssemos o mundo das Ideias de Platão, tal como David aprisionado no bloco de mármore e liberto por Miguel Ângelo.

Assim foram Bach, Mozart, Beethoven, Chopin...todos esses génios, escultores do som, almas superiores com experiências de tantas vidas, redescobrindo essa música eterna, que nos diz sem dizer, que nos fala sem falar, que nos mostra quem somos e o que sentimos antes de nós próprios o sabermos.

Todos nós nos procuramos incansavelmente, tal como procuramos entender as palavras não ditas mas tão presentes, concretas e físicas, de uma obra musical... Ela é simultaneamente corpo e espírito, físico e etéreo, da mesma maneira que nós somos duplos, um corpo terrestre e uma alma qye absorve todas as experiências...

Que outra razão para que ela, Música, nos toque tanto? Nos eleve tanto? Que outra razão para batalharmos tanto para a conhecer, para a aprender? Doidos... como se isso fosse possível... como se nos pudéssemos realmente conhecer a nós próprios! Seremos eternamente auto-desconhecidos - e assim é a essência da Música.

Toca-nos, mas não nos deixa tocá-la... é no entanto na nossa eterna busca pelo que ela é que nos auto-procuramos.

Ela traz no seu seio toda a História da Humanidade, todas as alegrias e tristezas, todas as fatalidades e milagres, todos os sucessos e fracassos, todos os sentimentos humanos bons e maus, precisamente porque é superior a nós.

É na sua busca que nos buscamos, é na sua prática e aperfeiçoamento que nos aperfeiçoamos, é cada vez que a libertamos do seu estado físico e terrestre que nos auto-libertamos deste corpo e deste mundo que não escolhemos e atingimos um breve relance do que há para além disto; é nesta procura que a nossa alma conhece verdadeiramente autênticos momentos de liberdade e felicidade...

"Noscete ipsum"

sábado, outubro 17, 2009

Às vezes, sinto saudades de pequeninos gestos...
Como o andar de mão dada...
Ou de um simples beijo na testa...

Ou ainda da sensação de receber uma simples rosa...
(Há tanto tempo que ninguém me oferece uma... qualquer dia, compro uma para mim própria e ponho-lhe um lacinho, e coloco-a no meu travesseiro, apenas para ter a ilusão de que alguém me ofereceu essa linda flor...)



"Noscete ipsum"

quinta-feira, outubro 15, 2009

Aqui está uma coisa interessante...

Fiz este teste por brincadeira, confesso, mas quando li os resultados e as explicações que eles davam, tendi a concordar bastante... assim sou eu...

0
50
100
%
Openness
81%
Conscientiousness
63%
Extraversion
19%
Agreeableness
66%
Neuroticism
86%


Trait Explanations

In order to interpret your raw trait scores, they were compared to the first 350,000 people to complete the full MyPersonality Big Five questionnaire. This allows the way that you described yourself to be put in the context of how other people respond to the questionnaire. You should remember that there are no fundamentally good or bad personalities, as each trait description has potential advantages and disadvantages. To help you reflect on these, you have also been given some questions which ask you to consider the implications of your trait descriptions. Other people viewing your personality profile will not be able to see these.

Openness

This trait refers to the extent to which you prefer novelty versus convention. Approximately 72.6% of respondents have a lower openness raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who is intellectually curious and appreciative of what you consider beautiful, no matter what others think. You might say that your imagination is vivid and makes you more creative than many others.

Reflective question: How important are your emotions in determining how you behave?

Conscientiousness

This trait refers to the extent to which you prefer an organised, or a flexible, approach in life. Approximately 54% of respondents have a lower conscientiousness raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who is random and fun to be around but that you can plan and persist when life requires it. From your responses it appears that depending on the situation, you can make quick decisions or deliberate for longer if necessary.

Reflective question: How do you go about organising your workload?

Extraversion

This trait refers to the extent to which you enjoy company, and seek excitement and stimulation. Approximately 1.5% of respondents have a lower extraversion raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who is quiet and somewhat withdrawn. Your answers describe you as someone who doesn't need lots of other people around to have fun, and can sometimes find that people are tiring.

Reflective question: How do you like to spend your spare time?

Agreeableness

This trait refers to the way you express your opinions and manage relationships. Approximately 54% of respondents have a lower agreeableness raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who gets along with people well, especially once they have proved themselves trustworthy to you. Your responses suggest that you do have a healthy scepticism about others' motives, but that doesn't stop you from considering others to be basically honest and decent.

Reflective question: In what situations are you co-operative? When do you enjoy competition?

Neuroticism (Emotional stability)

This trait refers to the way you cope with, and respond to, life's demands. Approximately 99.7% of respondents have a lower neuroticism raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who reacts poorly to stressful situations, and consequently worries more than most about them. However, you are someone that has an emotional depth that others lack.

Reflective question: When do you not feel in control of your emotions?



"Noscete ipsum"

quarta-feira, outubro 14, 2009

Estar doente é uma seca... :(
Porcaria de "faringite inflamatória de tipo alérgico"... Fogo... Nem estudar piano em condições consegui! :( :( :(
Aaaargh!


"Noscete ipsum"

terça-feira, outubro 13, 2009

Às vezes, tenho a sensação de andar completamente ao contrário do resto do mundo. Serei assim tão diferente, tão estranha, tão ao contrário de toda a gente?... Estou tão farta de nos últimos dias apenas ouvir dizer que sou doida ou estranha por estar a estudar Análise... será assim tão impossível e sem sentido que eu de facto goste desta matéria, deste repertório (no caso, canto gregoriano), que queira saber mais sobre este assunto? Mas afinal de contas há alguma lei que me proíba de ler e procurar por mim, e tudo isso?... Não sei, se calhar não estou mesmo inserida no sítio e tempos certos para os que me rodeiam... por isso cada vez mais digo que "I love my own little world... I'm safe there"...

P.S. - Visitem! Das Jornadas em que participei no penúltimo fim de semana...


"Noscete ipsum"

sexta-feira, outubro 02, 2009

Como pode um homem, um Papa, excomungar?
Quem é o ser humano para se sobrepor à vontade de Deus, para decidir quem entra ou não no Paraíso? Acaso Deus não perdoa? E se sim, que hipocrisia é esta? E se não, porque pregam o contrário? Se um homem no seu leito de morte se arrepende, Deus perdoa. Que interessa se um outro homem proferir umas palavras, umas meras e perecíveis palavras, e com elas interditar o reino dos céus? Acaso de repente o poder humano se transformou em maior que o poder divino? Não é esta uma questão divina? O que é, afinal, a excomunhão? Que poder real exerce sobre as pessoas? Quais as suas reais consequências mas, sobretudo, qual a sua real validade? Não sei se acredito nisto da excomunhão… quer-me parecer que é mais uma vez a igreja humana (notem que não digo Igreja Divina), quer-me parecer que é apenas o “poder” de que a igreja se reveste, para amedrontar os crentes que ousam pensar, raciocinar e, porventura, desafiar “verdades”. Mas não faz parte a verdade da igreja humana da Verdade final?... Apenas quem pode facultar a entrada no Paraíso é Deus, não o ser humano, investido por outros humanos, sujeito às leis humanas, por muito perfeito que se tente tornar.
De que tem a Igreja medo? Que motivos levam à excomunhão? Políticos? Económicos? Sociais? E será ela válida? Se nela não acreditarmos? Se ousarmos pensar por nós próprios? Creio que Deus nos mandou ser mansos, humildes, pequeninos – mas não “carneiros” na verdadeira acepção da palavra. É nosso dever procurar Deus, uma e outra vez, procurarmos a sua Verdade, a sua Luz, procurarmos, procurarmos, procurarmos. A igreja humana é constituída por homens, sujeitos aos seus próprios interesses, e a História tem revelado isto cada vez mais. O que se pensa ser dogmas, terem sido inspirados directamente por Deus, tem-se vindo a descobrir que não são mais do que verdades fabricadas por pessoas a quem esses interesses servem. Como então acreditar? Não em Deus – é impossível duvidar da sua existência, Ele é tão certo como o ar que respiramos – aliás, Ele é o ar que respiramos, a água que bebemos, as flores que vemos, os odores que cheiramos. Dele não se poderá duvidar. Mas como acreditar no que os homens fazem Dele? Como acreditar – e como aceitar??, que um homem, um mero homem, um simples humano, tão falível como qualquer outro, se arvore em Deus? Que arrogância é esta? É esta a pequenez que Ele nos recomendou?
Como pode um simples homem arvorar-se em Deus e decidir quem faz ou não parte desta família? Se Deus aceita e perdoa, a excomunhão é uma arrogância por parte de quem a profere e um “castigo” sem sentido para quem o “sofre”.
Se Deus não aceita e não perdoa, a excomunhão perde o seu sentido porque não serão as palavras de um homem, mais uma vez um mero e simples homem, a alterar a decisão divina….
Assim, qual o sentido disto?
Quando e por que aparece?...
Fica a reflexão e o desejo de posterior estudo…

"Noscite ipsum"

quinta-feira, outubro 01, 2009

Lembro-me de um dia, quando era bem mais pequenina do que sou agora, me ter voltado para a minha mãe e lhe ter dito: “se eu não nascesse neste corpo, se não fosse esta a minha aparência, teria nascido noutro corpo, teria outra aparência, mas seria eu à mesma. Nascer, nascia, disso não tenho dúvidas.”. Lembro-me ainda do ar de espanto dela… mas acredito piamente nisso. Que a nossa alma regressa tantas vezes quantas necessárias até atingir um maior grau de perfeição, e aí então partimos para junto do Criador – ou evoluímos, como preferirem chamar.

Hoje encontrei uma frase que espelha bem o que eu na altura, com a minha linguagem de criança de 9 anos, quis dizer:

“(…) el ser humano no nace como cuerpo físico y después lo habita un alma, su andanza en el universo no empieza aquí en este planeta y en este plano físico. Sino que él “desciende desde lo alto” y se introduce en un cuerpecito de bebé y le da la vida. Antes de nacer, nuestro Ser ya esta en otros planos, en otras dimensiones (…)”.

Gostaria de na altura ter tido esta linguagem para melhor me fazer compreender… hoje, depois de anos de busca, encontrei o que na altura quis dizer. Quem busca sempre alcança… =)



"Noscite ipsum".

quarta-feira, setembro 30, 2009

Mal do Homem que não anseia pela busca espiritual, seja ela qual for. Mal do Homem que em nada acredite, oh suprema arrogância das arrogâncias, endeusar-nos a nós próprios, o mais irracional dos seres! Mal do Homem que não busca as suas origens espirituais e ancestrais, acreditando que está neste mundo porque assim o quis meramente a vontade Humana… mal do Homem que não sente uma energia a fluir à sua volta, independentemente do nome que lhe dá… mal do Homem que não procura o conhecimento, que não busca o seu próprio Graal, que não busca encontrar-se, pesquisando sempre, pensando, tirando as suas conclusões. Mal do Homem que se contenta com o aqui e agora, não buscando o que foi e o que será… Toda a realidade e verdade humanas são relativas, o que foi ontem não o é hoje e amanhã ter-se-á tornado ridículo e obsoleto; pelo menos até encontrarmos a Verdade… as dificuldades e obstáculos que nos surgem no caminho, todas as falsas pistas a que somos conduzidos pela nossa arrogância ou ingenuidade não são mais do que etapas necessárias para nos descobrirmos – e assim descobrir a nossa Verdade…
Pensar, actividade tão importante mas que por vezes se torna tão incómoda… é mais fácil viver na ignorância… mas será o mais correcto? Mal do Homem que não ousa pensar sobre a Humanidade em todos os seus aspectos! “Conhece tudo de algo e alguma coisa de tudo.”


É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

domingo, setembro 27, 2009

E finalmente consigo vir actualizar este blog... tem estado difícil...
O verão correu bem, adorei as "Férias Activas", aprendi muito ao lidar com cerca de 200 crianças por semana. Claro que não consegui decorar o nome de nem metade delas... lol... mas adorei.

Hoje estou com pouca inspiração para escrever..

Tenho andado há não sei quanto tempo para actualizar, e agora que consigo 5 minutos... ataca-me a preguiça... olho para o teclado, e sinto um vazio na cabeça, não tenho palavras, não sei o que quero dizer...

Bah...

Não sei... talvez volte mais logo quando me apetecer mais!

Fui!


É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

sábado, junho 27, 2009

E eis que depois de um ano particularmente complicado, chegamos a Junho, o fim do ano lectivo.
Finalmente comecei a trabalhar (na famosa CMCM).
A adaptação está a ser de longe mais difícil do que eu poderia alguma vez imaginar, e por causa disso pus muitos dos meus sonhos e projectos em causa. O não saber se conseguia fazer piano, o não saber se me conseguiria aguentar lá dentro muito tempo, o não saber afinal de contas o que queria ou deixava de querer... Muita coisa junta, ao mesmo tempo, numa cabeça básica como a minha, normalmente não da muito resultado...

Tenho alguns projectos em mente, para a criação do Serviço Municipal de Arqueologia de Castro Marim, que envolvem a criação de um formulário online para pedidos de classificação de património, um power point para motivar os jovens estudantes para a Arqueologia, a criação de um Laboratório de Arqueologia, uma base de dados online para acesso a qualquer investigador que queira saber mais sobre o espólio arqueológico do concelho... enfim, projectos não me faltam, o que me falta sim é a adaptação ao sistema burocrático deste país. Depois ainda se admiram que as coisas não avancem...

Mas a minha grande novidade prende-se a outro aspecto...

Quem me conhece sabe perfeitamente qual é o meu projecto a longo prazo... ter a minha própria escola de música, acredito que ensinar os jovens é moldar o futuro, dar-lhes bases para pensarem por eles próprios, dar-lhes os meios para desenvolverem a sua imaginação, aproveitá-la, enfim... acredito que ensinar é das actividades mais nobres que pode haver, e adoro dar aulas. Adiante. O meu objectivo sempre foi ter a minha escola de música, ensinar piano, formação musical, história da música...

Pois bem, esse objectivo está cada vez mais próximo...

Na quinta feira, tive uma produtiva reunião com o Presidente da Câmara, e ele convidou-me integrar o projecto "Férias Activas", direccionado para as crianças do concelho, no âmbito da formação musical.

Eu não pude ver a minha cara, mas tenho a sensação de que ela se iluminou com o espectro do arco-íris. Nem me lembro bem do resto da reunião, mas segunda feira vou voltar a encontrar-me com ele para definirmos estratégias.

Comecei logo à procura de informação, porque nunca ensinei grupos de crianças, e tenho tido algumas ideias interessantes. Além disso, com base numas fichas que encontrei num site de uma professora espanhola (www.doslourdes.net), estou a elaborar o meu próprio material didático. Quando for possível, publico aqui algo...

Em princípio vou criar um Coro Infantil, que poderá evoluir para Liga Musical, que por sua vez, espero (espero com toda a força do mundo e mais alguma...) que seja a base da MINHA escola de música. Façam figas por mim...

É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

sexta-feira, junho 05, 2009

Um instrumento musical… um amigo, um namorado, um amante?
Eles são de facto nossos amantes, nossos namorados, nossos companheiros desde a mais tenra idade, crescem connosco, brincam connosco, discutem connosco.
Só os namorados têm paciência para aturar muita coisa, muitas birras, muitos amuos, porque realmente gostam a sério um do outro e sabem perfeitamente que às vezes fazemos ou dizemos algo que não corresponde ao que realmente sentimos, por estarmos de cabeça quente, ou irritados, ou tristes, ou enervados, ou frustrados com todo o mundo que nos rodeia, com as pessoas que nos rodeiam, com as situações e circunstâncias que nos cercam e que nos moldam.
Ninguém existe sozinho.
Sim, os instrumentos são nossos namorados, uma relação para a vida inteira, que se mantém quando tudo o resto à nossa volta cai, fazendo tremer os alicerces da nossa existência.
Eles estão sempre lá, nunca nos abandonam, embora se possam por vezes fazer de difíceis por ciúmes, mas estão sempre lá, e não sabem existir sem nós, nem nós sem eles. Se isso não é uma relação de amizade, amor, namoro, carinho, paixão… então não sei…
Eu sem o piano… simplesmente não seria eu.
Um simples conjunto de teclas pretas e brancas, e todo o meu ser, toda a minha complexidade, todos os meus universos lá dentro, a minha alma inquieta e ansiosa apenas encontra refúgio e apaziguamento com os doces, rudes, duros, suaves, alegres, simples, complexos, tensos, sons que através dos meus dedos retiro a dezenas de dentes brancos e negros, dentes que não mordem, antes ajudam a acariciar e acalmar o meu interior…
O piano, a minha paixão eterna, a minha chama eterna, que nunca se apaga por muitas situações que eu viva, por muitas pessoas com quem eu me cruze…





É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

quinta-feira, junho 04, 2009

Tenho apenas a avisar que qualquer dia, não muito longe de agora, não muito longe daqui, mando isto tudo às urtigas.

Estou cansada de viver sempre, todos os dias, presa, acorrentada a esta sensação e noção do dever. "Tenho que estudar, tenho que trabalhar, tenho, tenho, tenho, tenho".

Então e... não tenho de descansar, ou pensar um pouco em mim?

Que é mais importante? Todos estes "tenho" que me prendem... ou poder de vez em quando ser simplesmente eu?


Tenho a avisar que qualquer dia mando os tenho e os deveres e as obrigações e os estudos e os trabalhos ÀS URTIGAS, mas com uma pinta do caraças... e nem que seja 5 minutos, farei apenas o que me der na real gana! sem obrigaçoes. sem estudos. sem livros. sem trabalhos. sem escavaçoes, relatorios, planos, projectos, informações, concertos, audições, exames.

Just me myself and I!

I'm the best, f**k the rest...


É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

segunda-feira, maio 25, 2009

…e é como se eu fosse incapaz de encontrar felicidade neste mundo, como se a ela não tivesse direito. Como se em mim existisse um universo constituído de águas negras, revoltosas, tumultuosas, densas, que me afogam, que me prendem, que não me deixam ser livre…

…e é como se algo me prendesse, uma força invisível, sufocante, que mal me deixa respirar, que não me deixa avançar, que coloca todo o peso do mundo em cada poro meu, como se cada centímetro da minha pele e do meu ser transportasse em si toneladas de preocupações, angústias, dúvidas, inseguranças, medos, e tudo isto mal me permitisse colocar um pé lenta, vagarosa e dolorosamente à frente do outro…

…e é como se qualquer energia que eu tenha tido se tenha evaporado para um sítio invisível e inacessível por muito que eu o procure e o queira encontrar.

…e é como se a minha vontade própria tenha fugido porque nem ela consegue viver dentro da minha cabeça, dentro da minha mente, dentro da minha confusão, dentro de tudo isto que sou eu, deixando-me sozinha comigo própria, entrando cada vez mais num isolamento do qual quero e não quero sair, porque só aí me sinto segura e não exposta ao Mundo que me julga e me critica.

…e é esta indefinição de sentimentos, sempre em luta comigo própria, sabendo o que quero e ao mesmo tempo não fazendo disso a mais pequena ideia, pensando sempre na alternativa paralela que teria existido caso as minhas opções tivessem sido outras.

…e é o não conseguir sair desta espiral de pensamento que me consome, acreditando sempre no que a minha mente forja, não querendo acreditar que é verdade mas sem força nem convicção para sentir de forma diferente.


…e é o não saber quem sou por baixo de tantas máscaras diferentes que uso a cada dia que sou obrigada a sair e a conviver, numa quase vã tentativa de mostrar que tudo está bem.

…e é o sentir-me múltipla, constantemente regida por diferentes eus e não saber qual deles o verdadeiro, o original, o final.

…e é tudo isto, e ao mesmo tempo muito mais que isto, e é o sentir que nada produzo e que nada tenho capacidade para fazer, e é o sentir o tempo a passar, sempre, como um rio que flui, nunca voltando atrás, nunca dando uma segunda oportunidade, e é o sentir essa pressão que mal me deixa aproveitar os bons momentos, como se constantemente tudo me prendesse, as obrigações, os deveres, as responsabilidades, a vontade de progredir, o querer ser alguém e sentir que não o serei.


…e é no fundo ser eu e não me conseguir aceitar…




É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

quinta-feira, maio 14, 2009

Tenho tido muitas agruras na vida, que não transpareço porque o importante não sou eu, nem nunca o serei.
Com tanta gente pior que eu, seria estupidamente egoísta queixar-me do que me dói; queixar-me da intensa e constante ansiedade em que vivo; queixar-me de todos os sonhos que me vão ficando penosamente por cumprir.
Tempo… é algo que não volta atrás, cada segundo mal é já foi. O presente não existe. É uma criação da nossa mente para suprimir o vazio de definição que “tempo” acarreta. Só existe o que ainda não foi e o que já passou.
O que já passou molda-nos, o que ainda não é dá-nos alento para continuar sempre a lutar. O que será permite-nos sonhar, e no dia em que deixarmos de sonhar a nossa alma morre. A morte de uma alma não se pauta pelo tempo mundano mas pelo espiritual, pelo mental…
Por muito que doa, por muito que custe, por muito que nos seja impossível perceber o que retirar do que nos forja, como se na realidade não fôssemos mais que um eterno barro, moldado à vontade de um Oleiro superior, formas por Ele criadas e que têm uma duração existencial tão curta, tão efémera….
Nenhum de nós vive sozinho, ainda que não tenha ninguém ao seu lado. Todos nós vivemos com todos os que nos constituem. Constituímo-nos nós próprios, constitui-nos o conteúdo da nossa vida, o que vivemos e as saudades do que ainda não conhecemos. E constitui-nos quem nos criou.
Quanta vontade tenho de o gritar ao Mundo inteiro, que sinto esta presença na minha vida!
Sim, sou Cristã, Católica Apostólica Romana, por estas máximas quero pautar a minha vida, se assim me sinto completa…
Se assim me sinto em paz comigo, e se paz é algo tão pouco constante na minha vida… Anseio por regressar à sensaçao de plenitude, de alegria, de Amor verdadeiro, de Verdade, sensação fugaz que me marcou mais que ferro em brasa!
Anseio por preencher este vazio…




É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.
De onde vens, T.?
Porque me visitas?
Somos companheiras inseparáveis, de longa data, juntas nascemos, juntas crescemos e juntas morreremos.
Que relação dicotómica, quero-te longe de mim, quero que não voltes, quero que me deixes, e ao mesmo tempo sem ti não saberia viver, deixarias em mim um vazio que eu não saberia de modo algum preencher.
Rio-me, canto, danço, amo, choro, como, durmo...
E tenho-te sempre a ti, T., como companheira de vida.
Tu, que não me abandonas, tu, que te tornaste no meu vício, mais forte que um diamante, mais atemporal que o próprio Tempo...

(Anoushka, 04 de Maio de 2009)

É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

segunda-feira, maio 11, 2009

Qual o poder de uma simples música sobre a nossa alma? Que quantidade de memórias, sentimentos, recordações, ambiguidades, indefinições, nostalgias, afloram novamente à nossa mente, apenas por ouvir algumas palavras organizadas de forma a criar simples frases, que de simples apenas têm o nome? Postas em musica, algo em si tão vasto e tão impossível definir? Como explicar tudo o que a música nos traz? Como definir estes sentimentos indizíveis? É impossível, não há palavras, apenas... música...

Tenho saudades de Santiago de Compostela, do Colegio Mayor Arosa, da Imma, da Belén, da Filipa, da paz que encontrei quando lá estive. Da sensação de ser completa. Da sensação de alegria interior. Santiago, a minha única casa fora de casa. O meu lar fora do meu lar. A minha família quando a minha família estava geografica e dolorosamente longe... Santiago... Para quando o regresso? Para quando o voltar da paz, da alegria?... Para quando o suprir ainda que momentâneo destas saudades agudas?...





PALABRAS PARA JULIA
Tú no puedes volver atrás porque la vida ya te empuja como un aullido interminable.
Hija mía, es mejor vivir con la alegría de los hombres, que llorar ante el muro ciego.
Te sentirás acorralada, te sentirás perdida o sola, tal vez querrás no haber nacido.Yo sé muy bien que te dirán que la vida no tiene objeto, que es un asunto desgraciado. Entonces siempre acuérdate de lo que un día yo escribí pensando en ti como ahora pienso. Un hombre sólo, una mujer así, tomados de uno en uno, son como polvo, no son nada. Pero yo cuando te hablo a ti, cuando te escribo estas palabras, pienso también en otros hombres. Tu destino está en los demás, tu futuro es tu propia vida, tu dignidad es la de todos. Otros esperan que resistas, que les ayude tu alegría, tu canción entre sus canciones. Entonces siempre acuérdate de lo que un día yo escribí pensando en ti como ahora pienso. Nunca te entregues ni te apartes junto al camino, nunca digas no puedo más y aquí me quedo. La vida es bella, tú verás como a pesar de los pesares, tendrás amor, tendrás amigos. Por lo demás no hay elección y este mundo tal como es será todo tu patrimonio. Perdóname, no sé decirte nada más, pero tú comprendeque yo aún estoy en el camino. Y siempre, siempre, acuérdate de lo que un día yo escribí pensando en ti como ahora pienso.
Poema de José Agustín Goytisolo, cantada por Paco Ibanez


É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

quinta-feira, maio 07, 2009

Uma das mais belas músicas que já cantei e que muito nos faz meditar. Porque é preciso coragem, porque é preciso acreditarmos que todos os dias são possíveis, porque nos faz lembrar que não estamos sozinhos =) É LINDA!! E como tal tinha que a partilhar com todos vós =)

"Perdoa, Senhor, o nosso dia,
A ausência de gestos corajosos,
A fraqueza dos actos consentidos,
A vida dos momentos mal amados.

Perdoa o espaço que Te não demos,
Perdoa, porque não nos libertámos.
Perdoa as correntes que pusemos
Em Ti, Senhor, porque não ousámos.

Contudo, faz-nos sentir,
Perdoar é esquecer a antiga guerra.
E, partindo, recomeçar de novo,
Como o sol, que sempre beija a Terra."

É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.



Por espécie de gente desta estar a "governar" (cof cof) o nosso país-,
Por haver cada vez mais desemprego;
Por haver mais violência;
Falta de bens
Mais impostos
Encarecimento de bens essenciais ao sobreviver
Corrupções
Mentiras
Pinóquios em todas as áreas
Gente que nos tenta enfiar os dedos pelos olhos
Manias de que são grandes e honestos quando já ninguém os aguenta ver
E porque Portugal é nosso e não destes governantes de meia tigela que nos LIXAM, nos ENGANAM, nos MENTEM, nos ROUBAM, nos *****!

É preciso fazer algo.
É preciso tomarmos consciência que está nas mãos de cada um de nós fazermos a diferença.
Está nas mãos de cada um de nós, cidadãos e portugueses e conscientes, fazermos o que está ao nosso alcance para tirarmos este galo sem crista deste poleiro que obvia, merecida, e afirmativamente não merece!

O meu sonho: Portugal inteiro a votar NULO ou em BRANCO! Que grande bofetada de luva branca para este Engenheiro (tão Engenheiro quanto eu... acho que vou começar a assinar projectos.. não.. espera... eu sou honesta!).

Porque VOTAR! é uma obrigação moral neste momento mais que um direito!




É o sonho que nos faz avançar, sobreviver e viver neste Mundo insane. Nunca deixemos portanto de sonhar.

sexta-feira, abril 24, 2009

Procuro-te ainda antes de saber quem és.

Não sei o teu nome, idade, nacionalidade, nem "dade" nenhuma que te identifique, e no entanto procuro-te todos os dias por entre este Mundo doido e insane.

Onde? Não sei. Como, não faço ideia.

Mas procuro-te sempre, sem parar, porque também tu me procuras. Pertencemos um ao outro desde os inícios dos tempos, desde que tudo foi criado e antes disso, e pertenceremos um ao outro muito depois de tudo isto ter acabado.

Por isso te procuro, pois só quando te encontrar deixarei de sentir estas saudades dos sítios a que ainda não tivemos oportunidade de ir.

Procuro-te porque quando te encontrar todos os momentos que ainda não vivemos deixarão de ser uma simples memória, vaga, confusa, distante, desfocada e etérea, feita das matérias impalpáveis dos sonhos de crianças.

Procuro-te porque sei que és real, não estás apenas na minha cabeça, que me procuras, e porque sei que juntos tudo fará mais sentido e seremos um apenas.

Procuro-te porque me procuras e porque seremos completos.

Por isso te procuro sem ainda te conhecer.

Ana Faleiro
24 de Abril de 2009

quarta-feira, abril 15, 2009

É uma tristeza que me invade sem eu perceber de onde vem. É uma saudade apertada de tempos, pessoas, vivências e situações que passaram e não regressam, por muito que se queira. É uma nostalgia, uma vontade de me fechar em mim mesma e não me abrir a pessoas, sensações, sentimentos; é um querer por outro lado exteriorizar o que me vai na alma, o que não ouso dizer a ninguém, esta tristeza e este mal estar que hoje me consome. É o precisar ao mesmo tempo de estar sozinha e estar acompanhada, é o precisar das pessoas e ao mesmo tempo rejeitar a sua companhia, é o querer estar alegre e feliz e não o conseguir, é o deixar-me consumir pela saudade, por este conceito e não por nenhuma situação concreta, é o querer deixar-me consumir por ela, e ao mesmo tempo querer mandá-la embora. Mais não, basta, e não basta ao mesmo tempo. É o não saber quem sou e não saber quem sou para os outros, é o saber que não mudarei e sonhar com ser outra pessoa diferente, é o querer ser livre e estar apegada a tanta coisa que me prende. É tudo junto, é ser e sentir-me una e múltipla, uma imensidão de pessoas e universos dentro de mim, é uma tristeza que me invade sem eu perceber de onde vem...
Não, esta eu tinha que postar...

Só vem confirmar uma que se tem tornado a minha máxima ao longo dos últimos tempos: "Há coisas estranhas neste mundo, não há?"...

segunda-feira, abril 13, 2009

Há estórias de amor simplesmente lindas... A de Jesus e Maria Madalena é a mais bonita delas todas.
Independentemente do amor que os ligava (e torna-se um pouco discutir o sexo dos anjos saber se foi um amor físico ou espiritual... cada um acredita no que quer, e ninguém é menos nem mais por isso, tornando-se irrelevante entrar em especulações inúteis porque não provam as crenças individuais de cada um), não deixa de ser uma estória de amor, que inspirou, inspira e inspirará sempre emoções contraditórias nos nossos corações. É um amor que sobrevive aos tempos e à própria morte.
E é um amor assim que todos devemos procurar.
O "suficiente", neste aspecto muito particular, não deve nem pode chegar...

(depois de ter publicado esta postagem, apeteceu-me acrescentar-lhe um pequeno "mais". JCS, versão de 2000. Maria Madalena no seu melhor. Esta actriz consegue sem dúvida transmitir-me a maravilha do que é amar. Para mim, uma maravilhosa prestação que retrata de maneira fiel a realidade quotidiana de milhares de pessoas.)

quarta-feira, abril 08, 2009

Saiu hoje uma notícia à qual eu não podia deixar de fazer referência, mais ou menos válida consoante os pontos de vista.
Ao que parece, um pequeno número (apenas cerca de 15.000…) assinaturas foi serão entregues na Assembleia da República, de maneira a que se reveja a lei e se possa responsabilizar os pais pela vida escolar dos filhos: “Pela responsabilização efectiva das famílias nos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar”.
Não podia deixar de fazer referência a isto por uma simples razão. Há questão de dois anos (mais coisa menos coisa), deixei uma postagem neste blog sobre as políticas que a Ministra da Educação estava a tomar; dentro dessas políticas, encontrava-se uma que estipulava que os Senhores Professores teriam que passar horas a fio na escola, independentemente da sua situação profissional à altura de tal medida lhes permitir o contrário. Muitas mais políticas contra esta classe foram sendo tomadas. Vezes e vezes sem conta, os professores foram sendo atacados, vitimizados, foram-lhes sendo retirados direitos fundamentais e cada vez mais se esperou (e ainda se espera) que fossem mais “secretários” do que propriamente professores. Quanta burocracia, relatórios, planificações do ar que se respira… mas afinal, eu, na minha ingenuidade (e não sou professora!), encontro-me no direito de perguntar: eles são professores e têm como dever ensinar… ou afinal de contas eu vivo mesmo no meu mundo muito próprio e não me dei conta de que eles são na verdade pessoas altamente especializadas em preencher papelada, sendo a actividade docente apenas um hobbie?? Perdoem esta tentativa de sarcasmo, mas a verdade é que não entendo muito bem o que se pretende que os nossos Professores façam. Este fim de semana, em conversa com uma Professora, ouvi dizer “tenho tantos papéis para preencher que nem sei por onde começar… as planificações e relatórios de actividades que fiz em Novembro porque eram interessantes para os alunos ainda não estão feitos, é impossível”. Claro que é impossível. É curioso notar que o importante começa a ser não o que se ensina e o que se transmite, nem tão-pouco a forma como se transmite, mas sim os papéis, os relatórios, as planificações, tudo numa vã tentativa de fazer passar para o exterior uma imagem do que não se é: organizados. Tudo numa tentativa irrealista de se tentar atirar areia para os olhos nem sei muito bem de quem. Sim, porque eu posso ser muito ingénua, muito inocente, muito tudo o que vocês entenderem chamar-me. No entanto, não me convenço de que uma actividade se torna melhor apenas porque há um papel amarelecido num dossier bolorento no meio de uma sala coberta de teias de aranha que mostra como foi planificada e que tem lá uns relatórios, muitas vezes forçados (porque na realidade quase inúteis…), do que se conseguiu. Que querem, sou estranha e tenho as minhas convicções…
Mas o que a senhora ministra na altura se esqueceu (ou não lhe foi conveniente lembrar…) é que esta classe que ela ataca sem dó nem piedade (que recalcamentos terá ela para com os seus professores?? Dá que perguntar…) cometeu um grave crime… muitos membros desta classe são pais!
Mas não falamos apenas desta ministra iluminada. Falamos de todos os governantes, que fazem leis como quem pinta um quadro surrealista, em que as coisas da nossa imaginação fluem livremente não são obrigadas a fazer sentido.
Não percebo que um governo para o povo governe na realidade contra o povo. Não é preciso alongar-me muito sobre esta questão porque todos nós ligamos a televisão e sentimos vergonha dos nossos “governantes”. Se o exemplo vem de cima, que exemplo é que eles nos estão a dar? Corromper as pessoas? Comprar inocências? Aldrabar? Não entendo, a sério que não…
É que estes senhores esqueceram-se que os papás que são afectados por todas estas leis ficam muitas vezes com pouquíssimo tempo para estar em casa e acompanhar os seus filhos. Isto parece-me tão óbvio que não entendo que tenha que ser explicado!
Quando os pais não conseguem estar em casa, quando não conseguem acompanhar os seus filhos, quando não os conseguem educar (não porque sejam incapazes mas porque simplesmente precisam de trabalhar para comer), não é de estranhar que se comece a assistir a um fenómeno cada vez mais frequente: para compensar a falta de atenção e de carinho e de amor e de educação, oferece-se o que as crianças querem, porque assim pode ser que elas nos desculpem não estarmos com elas para partilhar coisas “corriqueiras” como joelhos esfolados, um “Muito Bom” num teste, uma audição da escola de música, um primeiro encontro, e coisas menos corriqueiras como ataques na escola, perseguições…
Quando não se está em casa porque se trabalha, não se pode castigar nem educar. E uma criança não nasce ensinada, nem educada. É um processo cultural de aprendizagem (pelo que o que é educação num sítio do planeta pode ser visto como falta de respeito noutro… mas isso far-nos-ia entrar por caminhos que não são o propósito desta postagem). Já dizia o nosso poeta popular que “Não sou rude nem bruto, nem bem nem mal educado,sou apenas o produto do ambiente em que fui criado”.
As consequências sociais das medidas que o governo tem tomado começam a revelar-se agora, já que as crianças que aqui há poucos anos não puderam ser educadas nem castigadas nem amadas e acarinhadas pelos seus pais, tendo-se assim revestido de uma falsa sensação de autonomia e liberdade, são os adolescentes rebeldes, arrogantes, problemáticos de hoje em dia. Nunca se perguntaram porque razão a violência escolar começa a ser um problema mais e mais presente na sociedade portuguesa? Casos como o da aluna do Carolina Michaelis há às centenas… mas só agora começam a saltar perante os olhos do público. É esta sensação de impunidade que é preciso alterar!
Evidentemente que os pais precisam de estar ligados à vida escolar dos filhos, não se pode esperar que apenas os professores sejam responsáveis (isso dava pano para manga para eu continuar a divagar… que dizer por exemplo sobre a competência de um professor ser avaliada em termos quantitativos, baseando-se nas negativas que dá aos seus alunos? Um professor bom é aquele que passa todos? Ou aquele que é exigente, que só passa se eles merecerem? Mais uma vez, eu devo viver no meu mundo muito próprio…).
Daí que esta petição seja importante, para alertar a Assembleia da República que Portugal enfrenta um grave problema social. Se as crianças de há dois anos são os adolescentes de hoje, não deveremos aprender com os nossos erros e perceber que estes adolescentes serão os adultos de amanhã? Os médicos, professores, advogados, banqueiros, políticos, juízes, de amanhã? Que futuro estamos a construir para nós? É um círculo vicioso, no fundo, e torna-se cada vez mais difícil sair dele.
No entanto, o que é preciso perceber é que para estes pais poderem ser responsabilizados, têm que ter por trás um apoio social que lhos permita.. porque nenhum ser humano que saia de casa de manhã e regresse à noite tem capacidade ou resistência para fazer mais. Por muito que a vontade o dite, por muito que se saiba que é necessário fazer-se mais. Não dá, muitas vezes.


Ana Rita Faleiro
08 de Abril de 09

domingo, abril 05, 2009

Já cheira mal!

Daqui a pouco, fará dois anos que Maddie McCann desapareceu.
Há muita coisa mal contada nesta história, muitos pormenores no mínimo estranhos, factos que parecem não bater bem uns com os outros, e acima de tudo há muita especulação.

Parece-me inacreditável quanto aquele casal ganhou (sim, leram bem, e não, não sou um animal sem sentimentos..) com o desaparecimento da filha.

Já não falo da possibilidade de eles terem (acidentalmente ou não) feito algo à menina. Calmantes, um acidente doméstico... toda a gente sabe que acidentes domésticos são uma das grandes causas de morte infantil, basta ligarmos diariamente a nossa pequena "caixinha mágica" e somos logo bombardeados com notícias terríveis dessas.

Já não falo em todas as atitudes estranhas que eles tiveram.

Já não falo nas contradições de testemunhos, nas "visões" de "suspeitos" que iam aparecendo ao longo do tempo, qual tentativa de se atirar areia para os olhos das pessoas.

Agora, falo sim do pivete que todo este caso já traz consigo.

Por favor! Já não bastava o fundo para encontrar a menina (hm... quem o geria?? quem ganhou com isso??), se não também agora um documentário??

Se bem me recordo, houve uma altura em que a PJ quis que Suas Excelências deslocassem o real fofo a este país de tansos. Mas eles vieram? Não! Não porque ninguém entende, mas nao.

E agora... 2 anos depois... já cá veem? Para ajudar a PJ não se dignam a vir, para ajudar a PJ a tentar descobrir a SUA PRÓPRIA filha nao vêm cá... mas para fazerem um documentário que provavelmente até será vendido, aí já podem cá vir?

Mas que raio de palhaçada é esta?

Nem a memória da menina respeitam?
A sério, isto revolta-me tanto que nem me consigo expressar em condições.

Eu nao tenho filhos ainda. Mas é das coisas que mais desejo, todos os que me conhecem sabem disso. Apenas tentar imaginar a dor de os perder é quase insuportável.

E estes "senhores", médicos de uma raça superior (oh, ao tempo que as relações ingleses-portugueses são historicamente conhecidas... mas não adianta entrar por estas questões agora, não me apetece começar a divagar... quer dizer, apetecer até apetece, mas se o começo a fazer desvio-me tanto do assunto que não consigo regressar a ele)... estes senhores perdem uma filha e fazem um documentário com isso? Por favor... dirigem actores, dão indicações, revivem esse drama?

O que me leva às seguintes conclusões...

1) Não devem ser humanos
2) Não deve ter sido um drama assim tão grande...

Que palhaçada! E os nossos media a cobrir tudo isto, a alimentar isto... é revoltante, deprimente... É o nosso país!...
À laia de desabafo, de revolta, do que lhe quiserem chamar...

Há algo de que eu já me dei conta há algum tempo, mas nunca o referi publicamente (apesar de o conceito "público" ser algo extremamente relativo neste espaço...).

Aparentemente, há pessoas de uma certa categoria (a qual eu gosto de apelidar como teoricamente-muito-atarefadas-mas-na-prática-não-o-são) que conseguem ter tempo, neste mundo de doidos, de vir ao meu blog, retirar informações e passá-las a terceiros com o objectivo quase de controlar a minha vida e com isso tentarem algo que ainda não é perfeitamente claro para mim.

Ora bem.

Tenho algumas considerações a tecer...

Em primeiro lugar, o meu obrigada a essas pessoas, porque acabaram de me provar que ao contrário do que sempre pensei, alguma importância devo ter para ocupar tempo fundamental nas suas vidas. Alguma importância devo ter para que falem de mim!! Ena pá! E eu que andei tantos anos a pensar o contrário! Altamente!...

Em segundo lugar... e mais a sério...

Tenho a dizer que escrevo o que me apetece, uma vez que não ofendo ninguém. A minha vida a mim me pertence, as minhas decisões por mim foram feitas e as consequências por mim serão aceites.

Se me apetecer vir aqui colocar animações gráficas que me transformem na Brigitte Bardot... queiram por favor explicar-me em que é que isso vos afecta e em que é que isso vos rouba quase o pão da mesa??

A sério... Um conselho...

Arranjem uma vida vossa, não sejam frustrados, e não se metam onde não são chamados...

Não por mim, que me é completamente indiferente o que dizem ou deixam de dizer sobre mim... É para o lado que durmo melhor...

Mas por vocês... quer dizer... tornam-se, na vossa tentativa de serem muito tudo-e-mais-alguma-coisa, dignos da minha pena... e penas têm as galinhas, eu que saiba sou humana!!

Get a life..

quinta-feira, abril 02, 2009

Em processo de conhecimento de mim mesma.

É um pouco raro, penso, chegar ao 24 anos e dar-me conta de que não sei quem sou, não me conheço a mim própria.

Por vezes sei o que quero, por vezes tenho a sensação de que tenho falhado em tudo e mais alguma coisa.

De que me serve ter já uma licenciatura, de que me serve estar a tirar outra, de que me serve estar a trabalhar, de que me serve tudo isto?

Poderão dizer, "serve-te para te sustentares, para sobreviveres neste mundo cão".

Sim, eu sei. Mas... será realmente isso que mais interessa nesta vida?

Claro que a capacidade de um se auto-sustentar é importante. A lei da vida é assim mesmo e infelizmente chegará uma altura em que apenas comigo própria poderei contar, por isso é tao importante adquirir desde já mecanismos de defesa e suporte que me permitam, de uma maneira ou de outra, conseguir lidar com esse momento.

Mas...

Será possível viver-se a vida só com esta capacidade de sustento? Não será isso apenas sobreviver, e não viver realmente?

Que nos faz falta para viver, e não apenas sobreviver? Não será a felicidade parte integrante do processo?

Já Oscar Wilde dizia que "a maior parte das pessoas se limita a existir".

E como encontrar essa felicidade? Amigos? Família? Trabalho? Estudos? Casamento? Saídas à noite?

No fundo, bem la no fundo, não serão isto apenas máscaras, mecanismos que nós encontramos para não termos de lidar conosco próprios? Ocupações, nada mais que isso, para termos a desculpa perfeita para não termos tempo para nos confrontarmos com o nosso eu mais profundo?

Nunca fui alguém muito sociável, nunca o consegui ser, nunca me senti à vontade junto de muitas pessoas, não sei interagir socialmente.

Não quer dizer que não goste de estar com pessoas, somos seres humanos e temos esta necessidade, quase absurda, de conviver com os outros. Gosto de estar com os outros, de observar as suas reacções, e de tentar perceber como funciona todo este mecanismo de interacção humana.

É complicado conviver com as pessoas, nunca se sabe o que se pode ou nao dizer, porque cada pessoa é um universo e não há certezas do que é levado a bem e do que é levado a mal, e por vezes a mais pequena coisa origina um mal-entendido tamanho que se perde confiança que leva anos a construir. É raríssimo, se não impossível, encontrar um, apenas um, verdadeiro amigo. Daqueles em que podemos ser nós próprios, sem máscaras, sem medos.

Mas essas máscaras, poderão elas realmente cair?

Acredito piamente que não, uma vez que nem nós nos conhecemos verdadeiramente porque encontramos sempre milhares de desculpas para não o fazermos. Se nós nao nos conhecemos, como saberemos o que é uma máscara e o que não é? Como sabemos que estamos a ser nós próprios ou quando estamos a ser o "nós-próprios-politicamente-correcto" porque estamos com os outros? Não nos faltará um pouco a coragem, quando depois estamos sozinhos, de sermos quem realmente temos e precisamos de ser? Seja alegres, tristes, aborrecidos? Seja o que for?

Cada vez me faz mais sentido a máxima "conhece-te a ti próprio". Mas deveria ser mais "tem a coragem de te procurares no meio da agitaçao deste mundo".

Não é fácil e está enganado quem disser que é.

No fundo...

No fundo o que realmente importa nesta vida?

Os títulos? Que eu saiba, quando nasci, não havia nenhum "doutora" antes do meu primeiro nome.

Dinheiro? É necessário, sim, mas so até certo ponto. Ele não compra alegria, felicidade, amor nem boa educaçao...

As licenciaturas? Mas para que servem se não as pomos em prática? E que nos ficará realmente de conhecimento útil depois de as terminarmos?

Amigos? São raríssimos, e praticamente todos acabam por nos desiludir uma vez ou outra, mais cedo ou mais tarde. Importa a capacidade de os perdoar e de esquecer o que nos fazem, mas se o fazemos vezes demais, somos apontados como "trouxas", como "tansos", como aquelas pessoas que dizem que sim a todos, independentemente de terem sido ou nao magoadas.

O próprio processo de perdoar é tao complicado. Perdoo porque não sei ser de outra maneira. Perdoo vezes e vezes sem conta. Quando não o faço, sinto-me arrogante, convencida, e fico mal comigo mesma. No entanto, isso não quer dizer que nao me sinta triste quando me magoam, quando me usam, quando vejo que so sirvo enquanto as pessoas ganham alguma coisa em serem minhas "amigas".

Que necessidade é esta que eu tenho de tentar ter amigos quando vejo, e sei, e sinto na minha pele, que não existe tal categoria de pessoas, tirando um ou outro caso muito, muito excepcional?
Que necessidade esta de me tentar integrar, de tentar ser "normal"? Não o sou, nunca o fui, e provavelmente nunca o serei.

Tenho tanto, tanto, dentro de mim, e não encontro maneira de o fazer sair.

Se nem eu me conheço, se nem eu sei quem sou, nem como sou... como hão os outros de o saber?...

Cada vez mais esta necessidade de conhecimento de mim mesma, já que só assim saberei o que me faz falta, o que me vai completar, o que me vai permitir encontrar essa felicidade que todos procuramos e que poucos encontram.

E poucos encontram porque nos encontramos presos ao imediato, ao que todos nos dizem que precisamos de ter: dinheiro, trabalho, emprego, títulos.

Não é isso que nos define.

Quanto mais temos, menos somos, porque mais presos nos encontramos a tantas e tantas futilidades desta vida.

Então é necessário libertarmo-nos, termos a coragem de nos conhecermos, de nos procurarmos, de nos encontrarmos e enfim de nos afirmarmos, sem medos e sem receios, porque afinal de contas se não formos honestos conosco, não o seremos com outros.

Libertemo-nos entao do imediato e do material, procuremos que somos bem lá no fundo.

Conheçamo-nos.

sábado, março 21, 2009

Encontrei o seguinte texto, enquanto navegava. Não é da minha autoria, nem aponta quem o escreveu. No entanto, gostei tanto dele que quis partilhá-lo...

"Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.

Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.

Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito."

Sem dúvida que nos da muito que pensar...
Começo a estar cansada de estar sozinha. Parece que não avanço para lado nenhum, e começa a ser enjoativo olhar para qualquer direcção e ver casaisinhos felizes. Nem uma das minhas amigas que está sozinha. Nem uma.
Sinto-me muito feliz com o que tenho, adoro a minha família, os meus pais e a minha irmã.
Mas sinto falta de alguém ao meu lado. Por muito estúpido que isto possa parecer.

sexta-feira, março 13, 2009

Um artigo interessante

http://clix.expresso.pt/a_ciencia_do_beijo=f501931

Que nunca mais ninguém diga que um beijo é irrelevante, inútil, inofensivo ou perigoso...

sábado, fevereiro 14, 2009

Valentine's day?...

“Valentine’s day – holliday made up by Hallmark to make single people feel bad about themselves”.

Gostaria de não ter de concordar com esta frase, mas a verdade é que ela é perfeitamente correcta. Há tanta publicidade em redor desta data, 14 de Fevereiro, data que deveria ser tão normal quanto outra qualquer.

Quem se ama, ama-se todos os dias, não apenas neste. Quem quer dar um presente à sua cara metade – seja ele material ou não – fá-lo em qualquer dia do ano, domingos e feriados incluídos. Porque razão então festejar algo que não tem razão de ser? É tal e qual como o dia da mãe, do pai, da criança, ou da mulher. Nós somos quem somos todos os dias do ano, não precisamos de um feriado que nos relembre que temos alguém na nossa vida. Não deveria importar, se essa pessoa é realmente importante para nós.

E para quem está sozinho, para quem não tem uma cara metade, para quem a procura, para quem sente falta do que não tem, é quase cruel estar-se exposto a um consumismo que quase nos faz sentir que não somos ninguém se não temos uma relação com alguém. Infelizmente, no nosso país isso é verdade. A mentalidade da maior parte da população – camadas mais jovens incluídas – prende-se à convicção de que se não temos ninguém conosco, somos encalhados. Aos 19 anos, um colega meu sugeriu-me ir com a ex-namorada dele a um jantar de “encalhados”. Aos 19 anos… A verdade é que neste momento estou tão encalhada como estava nessa altura, se por “encalhada” se entender que não tenho uma relação romântica com ninguém.

Não é isso que me define, nem de perto nem de longe. Claro que gostaria de ter alguem com quem celebrar este feriado, claro que se neste momento estivesse comprometida não pensaria assim e não estaria em minha casa a ver “E.R.” e agarrada ao computador, com uma chávena de café ao lado e a discorrer sobre a inutilidade de festejar S. Valentim.

Mas não é por não ter ninguém que sou ou estou encalhada na vida. Simplesmente a pessoa certa para mim ainda não apareceu. Sei que um dia aparecerá e nessa altura vou ler esta postagem e rir-me de mim própria.
Mas enquanto isso não acontece, prefiro continuar com a companhia da televisão, do computador e do café. Se saio à rua hoje, ainda apanho uma congestão de tantos corações a saltar por todo o lado.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Feliz Ano Novo


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Rascunhos antigos