Amor eterno...

Lilypie First Birthday tickers

domingo, setembro 10, 2006

De volta!

Pois é...

Tal como vos prometi, aqui vos venho deixar algumas das novidades sobre a minha pessoa
A mais importante é que já estou a estagiar.

Encontro-me no
CIIP de Cacela, e até agora estou a gostar. Também é verdade que por agora só estou a inventariar (ou melhor, a fazer a contagem) o material, mas entretanto vou tentando montar os puzzles que as peças formas, e tenho de confessar que por vezes me passam fragmentos cerâmicos lindos, pelas mãos.

Mas também gostava que o financiamento para as escavações chegasse depressa, pois num estágio de arqueologia a parte de escavação seria no mínimo fundamental... e afinal até gosto mais ou menos de escavar. E teria a oportunidade de fazer um trabalho de raíz... resta-me esperar e rezar para que isso aconteça.

Outra novidade importante é que finalmente vou voltar a ter aulas de piano. Quero ver se faço o exame final de piano já este ano, pois já tenho isto encravado há não sei quantos anos. As aulas já eram para ter começado, mas entretanto a professora distraíu-se... e lá se foi a minha aula... :( Enfim, também não há de ser nada, esta semana telefono e lá vou eu! Queria tanto que corresse bem...

Ah!

Mas as novidades não acabam por aqui!

Este ano vou voltar a dar catequese.. estou tão nervosa! Para além disso, comecei a assistir às recolecções. São todos os 2ºs sábados de cada mês, e são umas palestras muito interessantes. Só tenho é pena que seja só uma vez por mês, porque nos próximos dois meses, como tenho congressos nesses dias, não posso assistir, e é uma coisa que me faz falta... enfim, existirão mais oportunidades, certo?

Bem, por hoje chega de novidades. Não é que não tenha mais nada para contar, mas tenho que me despachar porque daqui a uma hora tenho que ir tocar na missa, logo, toca a andar!

Beijos!

Algumas fotos de Londres

Após o que pareceu uma infinidade de tempo sem cá vir (não se assustem, ainda não foi desta que desapareci do mapa), e depois de alguns contratempos com o login no meu blog, lá resolvi aparecer para vos deixar com algumas fotos de uns maravilhosos dias que passe em Londres.

Prometo que assim que tiver um pouco de tempo livre venho cá deixar-vos as últimas notícias sobre o que se vai passando de (des)interessante na minha vida...


Beijos!



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terça-feira, maio 09, 2006

Artigo sobre Erasmus

Sendo aluna do Ensino Superior nesta época em que tanto se fala do Processo de Bolonha, do Espaço Europeu do Ensino Superior e estando a realizar um semestre de Erasmus na Universidade de Santiago de Compostela, Espanha, não posso deixar de manifestar a minha opinião, contrapondo dois sistemas de ensino e dois universos que são completamente diferentes.

Nesta Universidade onde tenho o privilégio de estudar no período de tempo Fevereiro-Julho de 2006, tudo é diferente da Évora!

Começando, por exemplo, pela própria divisão do tempo lectivo. Semestres portugueses enfrentam-se aos quadrimestres espanhóis. Não é algo nem melhor nem pior, apenas uma organização diferente, o que vai ter repercussões a nível de início e de fim das aulas, bem como a nível de exames.

Há diferentes opiniões, pois a História cada um a interpreta de maneira diferente, e revela-se extremamente útil e interessante confrontar as opiniões que vi em Évora com as opiniões que vejo aqui.

Em termos de avaliação... a exigência é muito superior à de Évora, embora os professores sejam acessíveis. Apenas nos exigem que façamos aquilo que no fundo pagamos para fazer: estudar. É impensável entregar-se um trabalho fora do prazo estipulado no primeiríssimo dia de aulas. ”Deadline” adquiriu para mim um sentido que até agora não havia adquirido. É uma das maiores diferenças que encontrei aqui em Santiago... sei que em Évora, se apresentar uma explicação plausível, me dão a possibilidade de poder ter mais uns dias para entregar o trabalho que me foi atribuído. Em Santiago não. Vi companheiros meus a quem os trabalhos foram pura e simplesmente rejeitados porque em vez de entregarem dia 1 de Maio – feriado!, os entregaram dia 2. Temos todos que nos organizar muito bem para que no fim não fiquemos com uma impressão de afogamento e sufoque.

Em relação aos trabalhos, também existe muito o conceito de trabalhos “voluntários”... mas em que acabamos por ser prejudicados se não os fizermos e se não os apresentarmos à turma. Somos penalizados em 1,5 valores sobre 10 (transpondo para a escala de avaliação portuguesa, se não fizermos os trabalhos “voluntários” o máximo que podemos esperar obter na cadeira serão 17 valores). Mas continuam a ser voluntários...

Quanto às aulas em si, não diferem muito de Portugal.
Somos chamados a dar a nossa opinião, temos aulas práticas todas as semanas. A única coisa em que se calhar aqui se é mais dinâmico é no tipo de aulas práticas. Somos muitas vezes aconselhados a ir a exposições, ou a ler diferentes tipos de literaturas, ou a ver vários documentários filmes, estando esta preparação na base dos comentários e das aulas, que assim se tornam mais interessantes.


No entanto, uma experiência de Erasmus não se sente apenas no ambiente escolar. Há toda uma série de aspectos que nos enriquece enquanto pessoas.

Aprendemos a dar mais valor ao nosso país do que quando aí estamos... é verdade que é quando estamos mais longe de algo que mais lhe sentimos a falta!

Há uma enorme solidariedade entre todos os portugueses que aqui estudam. Muitos são do Porto, e é incrível ver aos fins de semana a verdadeira “máfia” que se estabelece na busca de uma boleia barata para o norte de Portugal. As pessoas unem-se, dão boleia a quem nunca viram antes, divide-se a gasolina, estabelecem-se contactos...

A vida social é imensamente engrandecida. Conhecem-se amigos para a vida. Trocam-se números de telefone, endereços de e-mail, com pessoas completamente diferentes de nós.
Algo de que estou a beneficiar imenso é da vida numa residência universitária. Sim, todos nós gostamos de estar à nossa vontade, afinal somos adultos, sabemos cuidar da nossa vida, não precisamos que nos digam o que fazer e quando o fazer, se queremos estar até às 2 da manhã a tomar um café devíamos ter direito a isso...


No entanto, há opções que se têm que tomar, e quando se vai estudar para um país diferente, a quase 900 km de casa, é bom estar-se numa residência. Não há tempo para solidão, não há tempo para tristezas. Há sempre alguém na biblioteca, na sala, na cozinha. Há sempre alguém com quem se conversar até às 7 da manhã (sim, porque temos de compensar os horários rígidos de entrada à noite de alguma maneira...), há sempre alguém que nos faz rir. As regras a que temos que obedecer são um mal menor, pois as vantagens de se viver num sítio assim são muitas. Embora seja verdade que também faz com que haja uma grande parte da vida de Santiago que não se chega a conhecer... tunas, coros, discotecas, teatro... é verdade que não aproveitamos a 100%, mas continuo a dizer que a vida em residência nos forma muito mais e nos ajuda muito mais a superarmos os desafios quotidianos do que se morássemos sozinhos.
Amigos, estudos, alegrias, tristezas, festas, saudades...


É tudo algo que sem dúvida faz parte do Erasmus, e que devemos aproveitar. A vida é curta, há que saber aproveitá-la.

E este programa europeu ensina-nos a aproveitar todos os bocadinhos que passamos num país diferente. São momentos intensos, porque se sabe que apenas acontecem uma vez na vida, não voltarão mais. E isso compele-nos a aproveitá-los de uma maneira muito mais enérgica, muito mais vivida.

No geral, posso dizer que esta está a ser sem dúvida a melhor experiência da minha vida. Estou a crescer, todos os que participam num Erasmus o fazem. Arranjei novas amizades, novos conhecimentos, novas experiências, vejo diariamente novas maneiras de lidar com situações corriqueiras, aprendo diariamente uma nova palavra em galego.

A cada dia que passo, sei um pouco mais que no dia anterior, pois estou a viver algo que nunca vivi e que nunca mais viverei. E são estes momentos únicos, acredito, que me marcarão para a vida.

E ao Erasmus o devo.





Ana Rita Faleiro
Estudante do 4º ano de História – Variante de Arqueologia

domingo, maio 07, 2006

algumas fotos minhas

Feliz Dia da Mãe!!!!!!!

Pois é, minha Nai querida, pensavas que não te ia dizer nada neste dia tão especial?

Pensei muito se deveria postar algo sobre ti neste blog, porque não queria a princípio partilhar a nossa relação tão especial com o resto do Mundo.

Mas depois pensei melhor.

Pensei em tdo o que tens feito por mim.
Pensei em todos aqueles pratos de lasanha vegetariana que fizeste de propósito para eu engordar.
Pensei em todas as vezes que me disseste que "não" gostas de mim.
Pensei em todas as vezes que fazes uma cara tão falsamente chateada por eu te dar um abraço.

E senti-me agradecida.

Agradecida porque lutaste por mim.
Agradecida porque me abraçaste sempre que precisei.
Agradecida porque estiveste sempre ao meu lado, nos bons e maus momentos, porque me ajudaste a fazer bolos de chocolate quando os testes me corriam mal, porque me gritaste quando foi preciso, porque me educaste da melhor maneira que sabias - e que, se calhar sem saberes, foi a melhor maneira existente. Educaste-me no teu Amor, na tua Ternura, na tua Amizade.

Ajudaste-me a passar pela "idade do armário" sem que eu me apercebesse, e tornaste-te sem dúvida na minha melhor amiga, a que me ama incondicionalmente, a que se zanga comigo sem medo, aquela a quem posso confiar a minha vida. Claro que temos as nossas discussões, mas quem não as tem?

És provavelmente a pessoa mais perfeita que conheço, e tenho um orgulho enorme em ti. Porque és lutadora (e nós as duas bem o sabemos... tiveste a coragem de lutar por mim se calhar quando mais ninguém a teve), corajosa, trabalhadora, amável, altruísta, disponível, amiga, confidente, divertida, alegre, brincalhona, viva, directa, frontal, sincera... queres que continue? És um amor de pessoa, a todos os níveis, és linda.

E para além disto tudo... és a minha Mamã, a minha Nai, a pessoa que mais amo neste mundo e no outro, a pessoa sem a qual a minha vida não faria sentido nenhum.

Corta-me o coração não poder estar fisicamente contigo hoje, mas estás no meu pensamento mais do que alguma vez poderás imaginar.

Contigo a minha vida torna-se bela, quente, confortável, acolhedora. Juto a ti, sinto-me envolta em mantos de ternura, como se fossem de veludo carmim, sinto-me protegida como se estivesse num castelo de pedra fortificado, sinto-me alegre e confiante como se todos s seres do Mundo cantassem em harmonia belas canções de Amor.

Pensando nisto tudo.... como não te partilhar com todo o Mundo??

És a minha Mamã, e tenho orgulho imenso de ser tua filha.

Feliz Dia da Mãe.

Amo-te daqui até ao céu do céu da Lua. (cultura partilhada... :p)

sábado, maio 06, 2006

Bota fumeiro da Catedral de Santiago


fotos e bota fumeiro 007
Vídeo enviado por titafaleiro

sexta-feira, maio 05, 2006

Parabéns velhote...

Uma postagem para homenagear um bebé que nasceu há 22 anos...

Näo consigo pôr em palavras o que tem sido o tempo há que estás junto a mim. No entanto, queria deixar-te aqui uma breve postagem.

Porque me aturas.
Porque me fazes cócegas.
Porque me fazes rir.
Porque te amo.

Espero que este dia täo especial para "o tu" se repita näo ad infinitum mas pelo menos durante muitos e muitos anos. E que me deixes estar sempre contigo para te fazer feliz.

Parabéns, bebézinho!

Feliz Aniversário!

terça-feira, maio 02, 2006

Eheh...

Mais uma vez, deviam estar a pensar que eu me tinha esquecido de vocês, ou que tinha desistido deste blog.

Nada disso.

Mas acreditem ou näo, näo tenho tido tempo absolutamente nenhum para vir cá deixar-vos um grande beijinho... está a ser de doidos, com tantos trabalhos que tenho para fazer, nem sei como vou conseguir...

Prometo que assim que tiver um pouco de tempo venho cá e recomeço a escrever e a chatear-vos e tal e coiso, mas agora tenho de ir para as aulas...

Um grande beijinho para vocÊs todos, queridos (e poucos...) leitores deste blog!

sexta-feira, março 31, 2006

Olá!

Olá a todos.

Näo, escusam de dar pulos da mais completa alegria, pois ainda näo desisti deste blog! Mas tenho estado doentita (snif...snif...snif...) e näo tem mesmo dado para vir cá.

Mas o que se passa é que também na verdade näo tenho assim nada de especial para contar ou para escrever, é como se fosse assim um período de pausa em relaçäo ao blog. Mas n desesperem, faço tençöes de continuar a vir cá, e coiso e tal...

Hoje o que de mais importante há a assinalar é o aniversário do meu Pai.

Que contes muitos, com saúde, paz, alegria, amor e muitas açordas, bolos, xaréns com mariscos, bons vinhos, boas companhias, e por aí fora!

Hoje vou mesmo ficar por aqui... nÄo tenho assim mais nada de muito importante para dizer, näo me ocorre nada, por isso...

BEIJINHOS!!!!

segunda-feira, março 27, 2006

América cantada pela China...

sábado, março 25, 2006

Mais algumas fotos de Santiago

quinta-feira, março 23, 2006

tédio

Estou entediada.

Estou doente, tenho que ficar em casa. A solidão pesa, como se de um longo manto negro de veludo se tratasse. Estou rodeada de pessoas, mas faltam-me as que caras me são. Olho pela janela, a chuva cai, tocando vagarosamente os vidros das janelas tapadas com cortinas brancas que parecem dizer que o mundo lá fora gira sem eu me dar conta.

Estou enfastidiada de ficar em casa, de não poder sair por estar doente. Tenho que estudar, mas não consigo pegar nos livros, e nem em ler os expoentes máximos da nossa língua eu encontro prazer.

Aborrece-me a música, aborrece-me a leitura, aborrece-me sobretudo a solidão, aborrece-me não ter com quem falar, aborrece-me tudo.

Sinto-me encerrada em mim mesma e quero sair, mas não encontro as forças para tal. Não sei como libertar o que me vai no coração, que de tão apertado parece que vai ser dividido em dois.

Olho para dentro de mim e nada vejo. Nada a não ser Eu, mas eu estou vazia, neste momento nada me preenche.

Precisave de uma injecção de sentimentos, precisava de me afogar nessa piscina de sensações que colmatam o vazio e a tristeza de que sou alvo agora.

Precisva que me abraçassem, precisava desabafar, precisava de estar de novo comigo mesma, mas já não sei em que sendas do caminho me perdi.

Preciso de me reencontrar.

Preciso de me redesobrir, saber quem sou e o que de mim é esperado, que função nesta vida devo desempenhar para poder alcançar a Felicidade suprema de me saber realizada.

Mas o trilho é tão acidentado, tão íngreme, tão agreste, que não sei se terei forças para lutar.

domingo, março 19, 2006

Feliz Dia Do Pai!

Porque pai não é quem nos faz.

Pai é quem cuida de nós.
Pai é quem ouve os nossos desabafos ao longo dos anos.
Pai é quem nos ajuda nos exercícios de matemática.
Pai é quem arranja válvulas para nos ajudar a perceber o modo de funcionamento do coração para o teste de ciências.
Pai é quem se chateia conosco por coisas erradas que fizemos mas que logo a seguir nos perdoa e nos acolhe de novo no seu colo.
Pai é quem nos dá infindáveis abraços, deixando, se tal for preciso, o almoço familiar de domingo esturricar-se na panela.


"Pai" é um conceito tão complicado!

Encerra uma infinitude de realidades, que de maneira alguma se reduzem ao facto da biologia. Encerra amor, carinho, ternura, paciência, curiosidade, brincadeira, seriedade, conhecimento, sentido de ajuda, amizade, tolerância, encerra uma filosofia inteira de vida que passa por aceitar alguém novo na sua vida apesar de não ter obrigção de o fazer.

Passa por ficar noites e noites acordado, trabalhando, para pôr o pão na mesa, e quando está cansado, não dorme ainda porque alguém se lembrou de ir à discoteca mas ainda não tem idade para voltar sozinha para casa.

Porque ser Pai é isso tudo.

Porque Pai só há um. És tu, só tu, e mais nenhum.

Amo-te.


sábado, março 18, 2006

Silêncio... e solidão...

Sim. Sou irascível. Porque estou só.

A solidão é um veneno puro, que se vai infiltrando dentro da nossa alma, dentro do nosso ser, vai-nos corroendo pouco a pouco, como se de um ácido se tornasse.
Torna-nos susceptíveis, torna-nos tristes, torna-nos num vácuo, num vazio de sentido, transforma a nossa vontade de conviver e de ser feliz num nada, num zero, menos que a águas primordiais de onde tudo surgiu.

A maneira de reagir é a defesa; e a única forma de defesa é o afastamento dos outros. É a única maneira de não ficar a minha alma ainda mais pequena, estraçalhada, dividida, torturada com agulhas em fogo, que me impedem de pensar em mais do que o poço sem fundo para onde me vejo atirada, e sem um corda suave e estável por onde possa sair.

Solidão.

É isso que sinto. É isso que me consome. É isso que me torna irascível.

Sou irascível, sim, e sei-o. Mas estou só – sabê-lo-á alguém?...


Após alguns anos, decidi mandar esta postagem para a Fábrica de Letras.

Que diferença de humor...


Saindo_do_trabalho_na_sexta
Vídeo enviado por titafaleiro




Indo trabalhar na Segunda - Feira
Vídeo enviado por titafaleiro

Parabéns Bela. Benvindo Gonçalo!

Muitos parabéns, Bela, pelo nascimento do seu filhote Gonçalo.

Desejo-vos tudo de bom.

Calculo que esteja super feliz, afinal, a vida é um milagre a cada momento, a cada segundo.

Muitos parabéns e felicidades!

sexta-feira, março 17, 2006

Joäo. Quem foste? Quem és? Quem serás?

"Amigo Joäo"...

É curioso como o nosso cérebro por vezes nos pode pregar partidas. É-me dito que quando era pequena tinha um amigo imaginário. O Joäo. Näo me lembro dele, mas se o tive foi porque dele necessitei. Lembro-me da Sílvia, que por vezes se tornava o mau alter ego. Lembro-me que ela me acompanhava nos meus trabalhos escolares. Lembro-me da Sónia, inimiga comum minha e da Sílvia. A Sónia que näo trabalhava e era trapaceira.


Lembro-me de todas estas personagens fictícias que povoaram a minha infância.

Mas näo me lembro de ti, Joäo. Quem és? Quem foste? Porque apareceste na minha vida? Porque dela te foste embora? Magoei-te de alguma maneira? Näo o sei.

A grande questäo é porque me terei esquecido de ti. Vasculho nas profundezas da minha mente, procuro qualquer vestígio, qualquer traço que a ti me conduza, mas näo encontro.
Que vivências teermos partilhado? Que estroinices teremos vivido juntos?

Quem és, Joäo?

Sim. Quem és. Porque näo acredito que me tenhas abandonado. Apenas estás num sítio obscuro e recôndito do meu pensamento, da minha mente, e nÄo sou já capaz de te encontrar. Mas sei que aí estás. Acredito nisso.

Se apareceste na minha vida, terá sido porque precisei de ti. Se me esqueci täo profundamente de ti, será talvez porque as circunstâncias que me levaram a precisar de ti podem ter sido fortes. E inconscientemente posso ter optado por te recalcar, para me obrigar a esquecer-te, para me obrigar a superar o que quer que se tenha passado e que a ti me conduziu. (Ou será melhor dizer, que a mim te conduziram?...)

Mas porque me esqueci de ti, e näo de todas as minhas outras companhias?

Näo sei.

Mas sei que gostaria de te reencontrar uma vez mais nesta vida de doidos, nesta vida de stress, em que quem tem amigos como tu é considerado doente mental. Näo o considero. Quantos amigos teve Fernando Pessoa, esse grande génio!

Mas a dúvida persiste.

Porque te abandonei eu?

Será aida possível reencontrarmo-nos? Recuperarmos uma amizade?

Näo sei quem tu és, Joäo. Mas gostava de te conhecer... Gostava de voltar à minha infância e brincar contigo. Fazer de ti o confidente que tantas vezes me faltou.

Fico à espera. Mas sei que tal desejo, tal aspiraçäo, näo poderá ser realizada.

Hoje sou adulta. Tenho amigos, ainda que poucos. Tenho uma vida própria, e nela infelizmente parece näo haver lugar para ti. Só assim explico o facto de näo conseguir lembar-me de quem foste e do que significaste para mim. Sei que näo poderemos voltar a brincar juntos, ou a falar. Sei que o tempo näo volta atrás. Corre sempre, como um rio, e se largamos algo que a determinado momento possuímos, esse rio näo voltará atrás, por muito que lhe peçamos, por muito que lhe roguemos.

Em que momento nos largámos? Em que momento cada um seguiu um ramal diferente deste rio que é o Tempo, que desagua no mar da Vida e no oceano das Emoçöes?

Jung disse "A vida que näo é vivida é uma doença da qual se pode morrer". Eu vivo a minha, bem ou mal, e sei que onde quer que estejas, também vives a tua.

Apesar de näo saber quem és, apesar de näo me lembrar de ti, apesar de näo me lembrar do que representaste para mim, sei que se o fizeste foi porque eu realmente o necessitei.

E por isso o meu obrigada, Joäo. Sejas tu quem fores, muito obrigada por a dada altura teres estado comigo, amenizando as arestas da minha infância, polindo as pedras dos caminhos por onde eu passava, dando um pouco de calor humano a cada sala onde eu entrava.

Eu sou feliz.

E sei que provavelmente, neste momento, voltaste a ser novo, vivo, traquinas, e estás a tornar a vida melhor a qualquer outra criança que de ti precisa.


quinta-feira, março 16, 2006

Apenas um desabafo sem sentido.

Sinceramente, nem vos sei dizer porque estou a fazer esta post. Não tenho nada de importante para dizer, mas estava um pouco aborrecida, sem nada para fazer de momento, e por isso mesmo resolvi vir escrever um pouco.

Quando era novita, escrevia imenso. Dizem que eu tinha imensa imaginação. Não sei se é verdade, eu apenas escrevia o que imaginava.

Foi sempre dos meus passatempos preferidos, escrever. Sobre seja o que for. Em que estilo for. Só não sei escrever poesia. Não porque não goste, mas porque acho que é uma arte tão bela que apenas pode ser manejada por quem de direito, por quem tenha mesmo o ímpeto de a escrever. O ímpeto e o génio.

Mas prosa...

Adoro escrever. Quando era pequenita pertenci a um clube de jornalismo, e a parte preferida do meu trabalho era precisamente escrever pequenos textos que eram depois publicados. Oh! que prazer eu retirava de inventar histórias, encarnando-me em objectos inanimados, fossem cadernos, fossem bonecos, fossem canetas...

Quanto gostava eu de imaginar os diálogos entre estes objectos e os seus donos...

Depois cresci, e o tempo para escrever tornou-se cada vez mais escasso. Já não escrevo. Já não consigo imaginar nada belo para escrever.

Ou quando imagino, faltam-me as palavras. Escrever não é como andar de bicicleta. Temos que praticar sempre, ou então perdemos a prática.

A última vez que escrevi foi há quatro anos. Quantas vezes, desde então, me apeteceu pegar num bloco de folhas, novo, por usar, com a textura tão característica do papel, um pouco áspero e rugoso. Quantas vezes me apeteceu apanhar uma caneta que arranhasse suavemente esse mesmo papel. E quantas vezes desejei que a minha imaginação voltasse a estar ao meu lado.

Juntas fariamos deste Mundo um sítio um pouco melhor.

Não haveria tristeza. Não haveria vilões. Apenas muita felicidade.

Felicidade. É isso que a escrita me transmite. Uma amena sensação dentro de mim, como se uma mão invisível me levasse ao colo, me transportasse, me afagasse. Felicidade. Como se o mundo não fosse um lugar frio e desprovido de sentimento mas sim um sítio bonito, idílico, bucólico. Mas não um sítio onde existisse aquela felicidade de trazer por casa. Seria antes um lugar onde cada um encontraria a sua paz interior.

Mas por uma razão ou por outra, vejo-me impedida de encontrar essa felicidade.

Oh, como gostaria de ser livre para escrever e tocar. Como gostaria de ser livre para poder encontrar essa felicidade fora da escrita. Mas não posso.

Tenho de escrever. É uma necessidade. É um dever.

É acima de tudo um prazer.

Bom dia queridos leitores!



Bom dia!

Já devia estar a pensar que vos tinha esquecido, näo?... Näo, na verdade o que se passa é que näo tenho tido assim muito tempo para cá vir, e tenho-me limitado a pôr uns vídeos ou assim.





Mas hoje aproveito qeu está na hora de limpeza dos quartos e venho até aqui deixar-vos um beijinho muito grande a todos.

Aqui por Santiago as coisas estäo a correr bem. Gosto imenso de cá estar, e o tempo passa a correr. Nem quero pensar, mas qualquer dia é hora de partir...



Estou atolada em trabalhos, mas ainda me falta a coragem para os fazer. Este fim de semana a ver se ataco um deles, sobre Fernando Pessoa. Tenho também imensa coisa para ler e para fazer recensöes (oh näo! elas perseguem-me!!!), mas a sorte é que pelo menos säo interessantes. "A CIA e a guerra fria cultural" e "AS cruzadas vistas pelos árabes" säo dois livros no mínimo fascinantes. Estäo escritos de uma maneira que nem nos apercebemos que é matéria escolar, sabem? Por acaso estou a adorar.



Tenho tido alguns problemas em administrar o blog, porque está demasiado pesado. Por isso näo estranhem se eu tiver que tirar algumas coisas, de maneira a torná-lo mais rápido. Infelizmente, foi o que aconteceu com a música que eu cá tinha. Estava a tornar-se incompatível com o resto das postagens, e por isso tive que a tirar. Mas acho que o importante é eu ter aprendido como se fazia, tornando-me numa espécie de auto-didacta, aprendendo por tentativa e erro. E é isso que para mim torna os blogs täo interessantes!

Bem, por agora vou deixar-vos.

Um grande beijinho para todos e já sabem. Espero os vossos comentários!

segunda-feira, março 13, 2006

The Purple Color

Sem dúvida, um dos mais belos filmes que já tive oportunidade de ver...

domingo, março 12, 2006

Parabéns Juleca!

O membro mais novo da minha família está mesmo a crescer... tanto que até já tem um blog só dela! Oh näo! Qualquer dia casa-se!! hehe

Muitos parabéns macaquinha!


sábado, março 11, 2006

Exposiçao fascinante

Esta tarde, tal como vos disse de manha, fui a uma exposiçao, intitulada "'El retrato español en el Prado. Del Greco a Goya'"

A sério, vim de lá petrificada.

O retrato que mais me impressionou e que mais me tocou foi sem dúvida do Rei Filipe II (III de Espanha). Que portento de quadro! Tudo parecia a 3 dimensöes e näo, näo tou a exagerar. Até se via o espaço entre o colar e o traje... Meu Deus... quanta genialidade num simples (!!!!) quadro!...

Moi Lolita, por Alizée


Alizee: Moi... Lolita
Vídeo enviado por cvera

Moi je m'appelle Lolita
Lo ou bien Lola
Du pareil au même
Moi je m'appelle Lolita
Quand je rêve aux loups c'est Lola qui saigne
Quand fourche ma langue j'ai là un fou rire
Aussi fou qu'un phénomène
Je m'appelle Lolita
Lo de vie, lo aux amours diluviennes

Refrain:
Ce n'est pas ma faute
Et quand je donne ma langue au chat
Je vois les autres
Tout prêts à se jeter sur moi
Ce n'est pas ma faute à moi
Si j'entends tout autour de moi
Hello, helli, t'es A (L.O.L.I.T.A.)
Moi Lolita

Moi je m'appelle Lolita
Collégienne aux bas bleus de méthylène
Moi je m'appelle Lolita
Coléreuse et pas
Mi-coton, mi-laine
Motus et bouche qui ne dit pas
A maman que je suis un phénomène
Je m'appelle Lolita
Lo de vie, lo aux amours diluviennes

Refrain x2

LO-LI-TA (x8)

Refrain x3

Fotos minhas tiradas hoje :p


















Boa sorte maninha!






Para a minha pianista preferida... aqui ficam os votos de que hoje tudo corra muito bem. Adoro-te maninha do meu coraçao, macaquinha lapa e rapariguinha crescida...







Bom Dia!



Bom dia gente honrada e trabalhadora!

Tudo bem convosco?

Be, hoje sinto-me muito bem disposta lol. Comecei o dia no cabeleireiro, lavei, cortei as pontas, hidratei, estiquei... bem, só vos digo, pessoal, o meu cabelo está lindo e eu sinto-me uma princesa lolol!




Agora tenho de ir estudar, mas à tarde parece que vou dar uma volta por Santiago, com a Belém.




Vamos lanchar e vamos passear um pouco, por isso, por muito que me custe, tenho de dizer-vos adeus e até logo!

sexta-feira, março 10, 2006

Apenas para vos dizer olá...



Hoje a minha contribuiçao para este blog vai ser muito pequenina, porque me dói a cabeça, e porque acima de tudo tenho que ir estudar, coisa que hoje ainda nao consegui fazer.

Tem estado a ser um dia esquisito...




Primeiro adormeci... perdi o pequeno almoço e a limpeza do quarto. Mas a questäo nem é essa.

É que depois saí, precisava de comprar um mapa cartográfico 1:50000 de qualquer zona da Galiza. uau... a excitaçäo...

Pensei que fosse uma coisa fácil de encontrar, mas oh! quäo enganada estava!

Tive de andar mais de 1h, de um lado para o outro, em Santiago, até finalmente encontrar uma papelaria que tinha os benditos mapas! Depois fui pôr umas botas a arranjar e fui à Universidade, à fotocopiadora, buscar umas coisas que o professor deixou ontem, porque preciso delas na 2ªf..

Sabem a melhor parte de tudo?...

Aquela porcaria estava fechada!

Ai!

Sinto-me irritadiça e sozinha.

Foi praticamente toda a gente de fim de semana, principalmente as poucas colegas com quem já me dou bem e com quem já consigo falar.

Estou triste.






A sério, acho que hoje tudo o que eu precisava era um simples abraço e uma festa na cabeça...

Adoro-vos a todos.

Apenas para vos dizer olá...

Fim de semana...



quarta-feira, março 08, 2006

Isto é bom demais...

A sério, pessoal, escaqueirei-me a rir quando vi a apresentaçäo que AQUI vos deixo...

Isto apenas nos vem demonstrar que nÄo somos täo originais como pensamos, além de deitar abaixo o "tradicional" fatalismo "português... afinal näo somos só nós!!!! :)

domingo, março 05, 2006

Música Off

Por motivos completamente alheios à minha vontade própria, fui obrigada a retirar temporariamente (ou assim o espero..) a linda banda sonora base deste blog. Näo quero comentários nesta postagem, se fizerem favor.

Ai que nervos!

Ai ai...

Acabei agora mesmo o meu primeiro trabalho aqui em Santiago.

Está bem que é só um comentário a uma exposiçäo, mas mesmo assim... ok, só tem 4 páginas, é uma coisa pequenina, mas...

Tou super nervosa.




E se näo é aquilo que o professor pretende??

Façam fisgas por mim, sim?...


sexta-feira, março 03, 2006

Pianista da família...

Bem, contra factos não há argumentos.
E é um facto que sou a irmã babada de uma excelente pianista...



A minha pequena Pianista
Vídeo enviado por auboulot

Vamos lá melhorar a vossa cultura geográfica!

Pois é, mas eu não sei só postar entradas lamechas... hehe

Aqui deixo-vos agora um site onde têm milhares de fotografias sobre o nosso (ainda) belo planeta. Sim, ainda, porque com tanta guerra e destruição, sinceramente, não sei onde iremos parar.

De qualquer modo, antes que as armas dos homens destruam a criação da Natureza, aqui estão algumas fotos e informações úteis para viajarem... ainda que só em pensamento... porque a crise está instalada e a única área que não afecta é a nossa imaginação!

Um pouco de trabalho só nos faz bem...



Olá meus leitores favoritos!

Sei que vos tenho deixado um pouco sem atenção nestes dias, apenas tenho postado algumas coisas sem importância, como fotos que eu tirei, ou alguns vídeos, ou isso.

Hoje tirei cinco minutos para vos vir dizer olá.

Vim passar uns dias de férias, pois era fim de semana de carnaval, só ia ter três aulas em toda a semana, e portanto vim ao meu lindo Algarve.



Creio que nesse ponto sou um pouco como Miguel Torga e a sua força telúrica.

Preciso de estar em constante contacto com o meu meio, com a minha terra, com os meus marcos de referência, para poder ganhar as forças necessárias a aguentar semanas a fio num país estrangeiro.

No entanto, às vezes confesso que me ponho a pensar. E chego à conclusão de que devo viver desfasada no tempo.





Porquê, perguntar-se-ão vocês.

É muito simples.

Para onde quer que me vire, vejo os meus colegas, os meus amigos, a pensarem em sair de casa, partirem à aventura, muitas vezes sem pensarem sequer em regressar.

Não vou mentir, eu também penso em sair do País (porque será?...), mas sempre por um pequeno período de tempo, o suficiente para me poder lançar na vida. Ou mesmo que fique a trabalhar lá fora, quero viver perto dos meus. De alguma coisa servirá viver perto da fronteira :)

Acho que hoje em dia o conceito de "família" está um pouco ultrapassado.
Não por mim, para quem a minha família é tudo (e quem me conhece verdadeiramente sabe que não estou a dizer isto apenas por dizer, pela minha família não há nada que eu não fizesse), mas pela própria sociedade.

Hoje as pessoas têm tendência a apenas pensarem nelas próprias. Há um verdadeiro "culto do eu".

"Eu" sou importante, tenho que fazer o que "eu" quero, aquilo que para "mim" é melhor, e por aí fora. Se isso significar não acompanhar filhos, se isso significar enconstar-se ao trabalho dos outros, se isso significar largar (e peço desculpa pela expressão tão forte) os entes mais idosos num lar e visitá-los uma vez por ano no Natal (e mesmo assim olha lá...), então não se pensa duas vezes porque é o que a "mim" me convém.

Isto não me entra na cabeça.



Posso ser considerada retrógada, não me importo. Agora, há coisas das quais eu não abdico. E em primeiro lugar delas todas vem a minha família.

Afinal de contas, eu nasci, cresci e hei de envelhecer graças a ela. É pena que tanta gente hoje em dia se esqueças das suas origens, se esqueça que apenas está neste mundo porque duas pessoas se amaram e tornaram o milagre da vida possível.






Nunca nos devemos esquecer que também nós, que hoje somos jovens, um dia envelheceremos. Será que queremos ser deixados para trás, como uma peça de mobília usada e já sem préstimo? Ou será que devemos ter a humildade de perceber que quem anda neste mundo há mais tempo que nós se calhar (!!!!!) tem muita mais experiência?...

Por isso, ainda que de um jeito um pouco desastrado, aqui fica uma pequena homenagem à minha família, que amo incondicionalmente. O meu muito obrigado por me terem tornado quem eu sou hoje e por me ajudarem a transformar na mulher que serei amanhã. Obrigada pela educação que me deram. Obrigada por me terem deixado cair e a seguir levantar. Obrigada por tudo. Amo-vos.

quinta-feira, março 02, 2006

O meu quarto em Espanha


Filme - o quarto
Vídeo enviado por titafaleiro

Brincadeira

Bem, só espero que qualquer leitor deste blog (que já de si são tão reduzidos...) perceba que isto é apenas uma brincadeira, que achei piada ao vídeo, que achei que estava original, mas que isto não significa de maneira nenhuma que é o que eu desejo que aconteça. Espero que todos vocês tenham a lucidez suficiente para perceber isto. Peço desculpa, mas hoje em dia, infelizmente, todo o cuidado é pouco com as palavras que se proferem ou com as coisas que se mostram, pois há sempre almas mal intencionadas que pretendem distorcer as coisas de maneira a nos deixar a nós mal vistos...



jesus
Vídeo enviado por titafaleiro

quarta-feira, março 01, 2006

Algumas perspectivas da Plaza de Galicia








Rascunhos antigos