Amor eterno...

Lilypie First Birthday tickers

terça-feira, fevereiro 17, 2015

Isto de tentar gostar mais do nosso corpo tem muito que se lhe diga...
Há anos que queria experimentar dança do ventre, e finalmente tive essa oportunidade.
Mas para mim está a ser um desafio enorme!
Já não falo do me sentir uma tábua de passar a ferro (segundo a rapariga que dá as aulas eu até tenho um jeito natural para a coisa - claro que também pode dizer isso porque quer ganhar o dinheiro...), mas é-me tão complicado conseguir relaxar e abstrair-me de não gostar nada do meu corpo que acabo por me enrolar toda por cima de mim própria, fechar-me muito, e acabo por nem conseguir aproveitar ou divertir-me. Todas as semanas, faço um exercício a caminho da aula, que é ir dizendo que desta vz me vou soltar, desta vez não vou pensar em tudo o que não gosto do meu corpo, desta vez vou aproveitar, mas depois acabo por me voltar a auto-sabotar. Ai como era bom haver um botão em que nós nos pudessemos desligar destes pensamentos e simplesmente aproveitar o momento!!! 

Deixo-vos por ora com um vídeo sobre esta dança :)

https://www.youtube.com/watch?v=3Gx2Sr_ZOrk 

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"Nosce te ipsum"

sábado, fevereiro 14, 2015

Sabemos que algo mudou dentro de nós quando acordamos um dia e, em conversa com uma amiga, nos apercebemos de que há uma verdade que dizemos da boca para fora mas que afinal de contas não é assim tanto da boca para fora: prefiro mudar de área profissional do que sair do pé da minha família.

Quando era mais nova, pensava muito que talvez pudesse gostar de vir a ir para o estrangeiro. Ter experiências fora do meu país. Acreditava que era isso que me iria tornar adulta.

Mas o tempo foi passando. Fui para a Universidade e ia todos os fins de semana, praticamente, a casa.

Fui fazer Erasmus para Santiago de Compostela e chorei o meu coração pelo peito fora quando me vi lá sozinha e vi a minha Nai a dirigir-se para o carro. Nunca fui tão feliz como quando sabia que ela podia ir visitar-me.

O tempo passou ainda mais.

Fui trabalhar para uma câmara e quis ir morar sozinha. A experiência durou uma semana e voltei para casa da minha mãe.

O tempo continuou a correr. O sonho de ter casa própria nunca morreu, mas continuei a ver-me em casa dos meus pais, junto a eles.

Casei, fui mãe. Fui trabalhar para 100km de distância da minha mãe, continuei a ir todos os fins de semana a casa dela (quase todos, vá, uma vez por outra não fui).

Não é, para mim, uma obrigação. É para mim fonte de prazer poder estar junto dela. Tive a sorte de poder ter uma casa onde posso morar com o E. e o P., mas mesmo assim continuo a estar muito com a minha mãe e o meu pai.

Dentro de pouco tempo, poderei (ou terei de) passar mais tempo em "minha" casa. Mas sei que no que conseguir, quererei ir sempre que puder a casa da minha mãe.

Para mim, nada neste mundo é mais importante que a minha família, que a minha mãe e o meu pai, que são uns segundos pais para o E. e para o P. Tenho a bênção de eles me poderem ajudar em tudo, seja só a ouvir-me seja a ficar com o P., seja a ajudar-me com coisas básicas como alimentação.

E deitaria isso tudo fora se me surgisse uma oportunidade de continuar na minha área profissional mas longe da minha mãe?

A razão diz-me que devia fazê-lo, mas a minha razão emocional diz-me o contrário. Sei que vivemos tempos de crise e tudo isso, mas de que me serviria ter um bom trabalho, continuar na minha área, se isso fosse conseguido à custa de poder estar com ela? De poder sentir o seu cheiro, ouvir a sua voz presencialmente, tocar a sua pele, abraçá-la? Não me serviria de nada.

Talvez esta minha posição seja muito estranha para algumas pessoas, não sei. Sei que fui criada com os valores da família, e para mim não há nada mais importante do que ela.

Por isso sim. Prefiro mudar de área profissional (como irá acontecer, mais dia menos dia), do que suportar estar longe de quem me criou, me ajudou e me amou toda a vida incondicionalmente.

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"Nosce te ipsum"

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