Amor eterno...

Lilypie First Birthday tickers

segunda-feira, outubro 19, 2009

Tocar...

Acariciar suavemente as teclas negras e brancas de um teclado, de um piano...

Retirar desse amante sons, melodias, experiências, estados de alma, consolos...

Como pode uma coisa tão física, tão material, tão terreste, traduzir por palavras não ditas a essência de cada um de nós? Fazer-nos rodar, e rodar, e rodopiar, como se quiséssemos agarrar o fundo do nosso ser, ainda que nos seja verdadeiramente impossível conhecê-lo?

Que outra arte, que outro som, transmite tão bem a dualidade humana, sem ser a Música? Ela, como nós, é a um tempo humana e extra-humana, física e espiritual, está em nós e fora de nós, toca-nos e não se deixa ser tocada. Transmite quem somos quando nem nós próprios o sabemos, influencia-nos sem o podermos controlar ou evitar ou forçar.

Nós não a criamos, ela não se deixa ser criada, simplesmente a redescobrimos na sua essência e inocência original, como se atingíssemos o mundo das Ideias de Platão, tal como David aprisionado no bloco de mármore e liberto por Miguel Ângelo.

Assim foram Bach, Mozart, Beethoven, Chopin...todos esses génios, escultores do som, almas superiores com experiências de tantas vidas, redescobrindo essa música eterna, que nos diz sem dizer, que nos fala sem falar, que nos mostra quem somos e o que sentimos antes de nós próprios o sabermos.

Todos nós nos procuramos incansavelmente, tal como procuramos entender as palavras não ditas mas tão presentes, concretas e físicas, de uma obra musical... Ela é simultaneamente corpo e espírito, físico e etéreo, da mesma maneira que nós somos duplos, um corpo terrestre e uma alma qye absorve todas as experiências...

Que outra razão para que ela, Música, nos toque tanto? Nos eleve tanto? Que outra razão para batalharmos tanto para a conhecer, para a aprender? Doidos... como se isso fosse possível... como se nos pudéssemos realmente conhecer a nós próprios! Seremos eternamente auto-desconhecidos - e assim é a essência da Música.

Toca-nos, mas não nos deixa tocá-la... é no entanto na nossa eterna busca pelo que ela é que nos auto-procuramos.

Ela traz no seu seio toda a História da Humanidade, todas as alegrias e tristezas, todas as fatalidades e milagres, todos os sucessos e fracassos, todos os sentimentos humanos bons e maus, precisamente porque é superior a nós.

É na sua busca que nos buscamos, é na sua prática e aperfeiçoamento que nos aperfeiçoamos, é cada vez que a libertamos do seu estado físico e terrestre que nos auto-libertamos deste corpo e deste mundo que não escolhemos e atingimos um breve relance do que há para além disto; é nesta procura que a nossa alma conhece verdadeiramente autênticos momentos de liberdade e felicidade...

"Noscete ipsum"

sábado, outubro 17, 2009

Às vezes, sinto saudades de pequeninos gestos...
Como o andar de mão dada...
Ou de um simples beijo na testa...

Ou ainda da sensação de receber uma simples rosa...
(Há tanto tempo que ninguém me oferece uma... qualquer dia, compro uma para mim própria e ponho-lhe um lacinho, e coloco-a no meu travesseiro, apenas para ter a ilusão de que alguém me ofereceu essa linda flor...)



"Noscete ipsum"

quinta-feira, outubro 15, 2009

Aqui está uma coisa interessante...

Fiz este teste por brincadeira, confesso, mas quando li os resultados e as explicações que eles davam, tendi a concordar bastante... assim sou eu...

0
50
100
%
Openness
81%
Conscientiousness
63%
Extraversion
19%
Agreeableness
66%
Neuroticism
86%


Trait Explanations

In order to interpret your raw trait scores, they were compared to the first 350,000 people to complete the full MyPersonality Big Five questionnaire. This allows the way that you described yourself to be put in the context of how other people respond to the questionnaire. You should remember that there are no fundamentally good or bad personalities, as each trait description has potential advantages and disadvantages. To help you reflect on these, you have also been given some questions which ask you to consider the implications of your trait descriptions. Other people viewing your personality profile will not be able to see these.

Openness

This trait refers to the extent to which you prefer novelty versus convention. Approximately 72.6% of respondents have a lower openness raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who is intellectually curious and appreciative of what you consider beautiful, no matter what others think. You might say that your imagination is vivid and makes you more creative than many others.

Reflective question: How important are your emotions in determining how you behave?

Conscientiousness

This trait refers to the extent to which you prefer an organised, or a flexible, approach in life. Approximately 54% of respondents have a lower conscientiousness raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who is random and fun to be around but that you can plan and persist when life requires it. From your responses it appears that depending on the situation, you can make quick decisions or deliberate for longer if necessary.

Reflective question: How do you go about organising your workload?

Extraversion

This trait refers to the extent to which you enjoy company, and seek excitement and stimulation. Approximately 1.5% of respondents have a lower extraversion raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who is quiet and somewhat withdrawn. Your answers describe you as someone who doesn't need lots of other people around to have fun, and can sometimes find that people are tiring.

Reflective question: How do you like to spend your spare time?

Agreeableness

This trait refers to the way you express your opinions and manage relationships. Approximately 54% of respondents have a lower agreeableness raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who gets along with people well, especially once they have proved themselves trustworthy to you. Your responses suggest that you do have a healthy scepticism about others' motives, but that doesn't stop you from considering others to be basically honest and decent.

Reflective question: In what situations are you co-operative? When do you enjoy competition?

Neuroticism (Emotional stability)

This trait refers to the way you cope with, and respond to, life's demands. Approximately 99.7% of respondents have a lower neuroticism raw percentage than yours. From the way you answered the questions, you seem to describe yourself as someone who reacts poorly to stressful situations, and consequently worries more than most about them. However, you are someone that has an emotional depth that others lack.

Reflective question: When do you not feel in control of your emotions?



"Noscete ipsum"

quarta-feira, outubro 14, 2009

Estar doente é uma seca... :(
Porcaria de "faringite inflamatória de tipo alérgico"... Fogo... Nem estudar piano em condições consegui! :( :( :(
Aaaargh!


"Noscete ipsum"

terça-feira, outubro 13, 2009

Às vezes, tenho a sensação de andar completamente ao contrário do resto do mundo. Serei assim tão diferente, tão estranha, tão ao contrário de toda a gente?... Estou tão farta de nos últimos dias apenas ouvir dizer que sou doida ou estranha por estar a estudar Análise... será assim tão impossível e sem sentido que eu de facto goste desta matéria, deste repertório (no caso, canto gregoriano), que queira saber mais sobre este assunto? Mas afinal de contas há alguma lei que me proíba de ler e procurar por mim, e tudo isso?... Não sei, se calhar não estou mesmo inserida no sítio e tempos certos para os que me rodeiam... por isso cada vez mais digo que "I love my own little world... I'm safe there"...

P.S. - Visitem! Das Jornadas em que participei no penúltimo fim de semana...


"Noscete ipsum"

sexta-feira, outubro 02, 2009

Como pode um homem, um Papa, excomungar?
Quem é o ser humano para se sobrepor à vontade de Deus, para decidir quem entra ou não no Paraíso? Acaso Deus não perdoa? E se sim, que hipocrisia é esta? E se não, porque pregam o contrário? Se um homem no seu leito de morte se arrepende, Deus perdoa. Que interessa se um outro homem proferir umas palavras, umas meras e perecíveis palavras, e com elas interditar o reino dos céus? Acaso de repente o poder humano se transformou em maior que o poder divino? Não é esta uma questão divina? O que é, afinal, a excomunhão? Que poder real exerce sobre as pessoas? Quais as suas reais consequências mas, sobretudo, qual a sua real validade? Não sei se acredito nisto da excomunhão… quer-me parecer que é mais uma vez a igreja humana (notem que não digo Igreja Divina), quer-me parecer que é apenas o “poder” de que a igreja se reveste, para amedrontar os crentes que ousam pensar, raciocinar e, porventura, desafiar “verdades”. Mas não faz parte a verdade da igreja humana da Verdade final?... Apenas quem pode facultar a entrada no Paraíso é Deus, não o ser humano, investido por outros humanos, sujeito às leis humanas, por muito perfeito que se tente tornar.
De que tem a Igreja medo? Que motivos levam à excomunhão? Políticos? Económicos? Sociais? E será ela válida? Se nela não acreditarmos? Se ousarmos pensar por nós próprios? Creio que Deus nos mandou ser mansos, humildes, pequeninos – mas não “carneiros” na verdadeira acepção da palavra. É nosso dever procurar Deus, uma e outra vez, procurarmos a sua Verdade, a sua Luz, procurarmos, procurarmos, procurarmos. A igreja humana é constituída por homens, sujeitos aos seus próprios interesses, e a História tem revelado isto cada vez mais. O que se pensa ser dogmas, terem sido inspirados directamente por Deus, tem-se vindo a descobrir que não são mais do que verdades fabricadas por pessoas a quem esses interesses servem. Como então acreditar? Não em Deus – é impossível duvidar da sua existência, Ele é tão certo como o ar que respiramos – aliás, Ele é o ar que respiramos, a água que bebemos, as flores que vemos, os odores que cheiramos. Dele não se poderá duvidar. Mas como acreditar no que os homens fazem Dele? Como acreditar – e como aceitar??, que um homem, um mero homem, um simples humano, tão falível como qualquer outro, se arvore em Deus? Que arrogância é esta? É esta a pequenez que Ele nos recomendou?
Como pode um simples homem arvorar-se em Deus e decidir quem faz ou não parte desta família? Se Deus aceita e perdoa, a excomunhão é uma arrogância por parte de quem a profere e um “castigo” sem sentido para quem o “sofre”.
Se Deus não aceita e não perdoa, a excomunhão perde o seu sentido porque não serão as palavras de um homem, mais uma vez um mero e simples homem, a alterar a decisão divina….
Assim, qual o sentido disto?
Quando e por que aparece?...
Fica a reflexão e o desejo de posterior estudo…

"Noscite ipsum"

quinta-feira, outubro 01, 2009

Lembro-me de um dia, quando era bem mais pequenina do que sou agora, me ter voltado para a minha mãe e lhe ter dito: “se eu não nascesse neste corpo, se não fosse esta a minha aparência, teria nascido noutro corpo, teria outra aparência, mas seria eu à mesma. Nascer, nascia, disso não tenho dúvidas.”. Lembro-me ainda do ar de espanto dela… mas acredito piamente nisso. Que a nossa alma regressa tantas vezes quantas necessárias até atingir um maior grau de perfeição, e aí então partimos para junto do Criador – ou evoluímos, como preferirem chamar.

Hoje encontrei uma frase que espelha bem o que eu na altura, com a minha linguagem de criança de 9 anos, quis dizer:

“(…) el ser humano no nace como cuerpo físico y después lo habita un alma, su andanza en el universo no empieza aquí en este planeta y en este plano físico. Sino que él “desciende desde lo alto” y se introduce en un cuerpecito de bebé y le da la vida. Antes de nacer, nuestro Ser ya esta en otros planos, en otras dimensiones (…)”.

Gostaria de na altura ter tido esta linguagem para melhor me fazer compreender… hoje, depois de anos de busca, encontrei o que na altura quis dizer. Quem busca sempre alcança… =)



"Noscite ipsum".

Rascunhos antigos