Amor eterno...

Lilypie First Birthday tickers

domingo, novembro 06, 2016

Catálogo Oriflame

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"Nosce te ipsum"

domingo, janeiro 03, 2016

A vida é demasiado curta para lamentos.
Sim, já se sabe, momentos maus há sempre. Aliás, a maior parte dos meus dias é recheado com momentos menos agradáveis. 
Stress, dificuldades, viagens intermináveis...
Para quem não sabe, moro a 100/120km do meu local de trabalho, indo e vindo todos os dias traduz-se em 200 a 240 km por dia, quatro dias por semana, quatro semanas por mês. É de doidos, passo mais tempo na estrada do que efectivamente a viver e a aproveitar os momentos bons que a vida me pode dar. Mal tenho tempo para estar com os meus pais, com o meu marido, com o meu filho. (Mas isso será tema para um outro post, que não este).
Momentos menos bons todos nós temos, todos os dias da nossa vida.
Porém, está nas nossas mãos podermos tentar aproveitar os momentos bons que também existem.
Assim, e sendo que o meu aniversário foi na semana passada, ontem decidi fazer um convívio com amigos (dia de aniversário é para a família, mas isso não impede um bom convívio, com boas comidas e boas bebidas).
 Tinha sido meu objectivo fazer um convívio vegan, mas há dias em que a cozinha não colabora connosco: o rolo de seitan recheado carbonizou, o tofu com broa ficou demasiado líquido, o bolo de aniversário transbordou e a cereja no topo do bolo foi a água ter acabado.
Portanto, acabei por improvisar e acabar com umas pizzas não vegetarianas, mas de resto consegui salvar o tofu com broa e ao juntar uns queques de legumes a coisa até se compôs.
Passei a tarde a trabalhar, é certo, mas soube-me pela vida poder estar em minha casa, com o meu marido e filho, a aproveitar o nosso ninho (e é tão raro pode fazer isso!), e tenho que confessar que, apesar de um certo receio inicial, tudo acabou por correr bem.
Por isso, o que vos quero dizer hoje é: aproveitem os momentos bons da vida. À volta de uma mesa com bons petiscos, bom vinho e boa companhia, é possível recuperar energias.

À vossa!


sábado, janeiro 02, 2016

Crescer não é tão fácil nem tão mágico como pensamos quando somos crianças.
Não.
Crescer é um processo doloroso, desconfortável e muitas vezes incómodo e inconveniente.
Crescer é acordar um dia e perceber que as nossas decisões têm que ser nossas, e não dos outros. 
É acordar um dia e entender que não podem, nem devem, continuar a ser terceiros a decidir o que para nós é melhor.
Enquanto crianças, os nosso pais dão-nos, paralelamente ao amor, afecto, educação, cama, comida e roupa lavada, dão-nos a benesse de tomarem certas decisões por nós. Decisões que são para nós as mais acertadas. Afinal, que criança descobriria que gosta de sopa se os pais ou cuidadores não tivessem decidido mostrar que existe uma comida chamada sopa?
Queira-se ou não, os pais decidem por cima da cabeça dos filhos. Decidem a religião, decidem o regime alimentar, decidem a educação. 
Enquanto crianças, gostávamos disso? Não! Era uma seca, era uma violência, nós é que devíamos poder decidir.
E de repente um dia acordamos e percebemos que afinal nós não pensamos tudo igual aos nossos pais. Percebemos que se calhar queremos uma religião diferente, uma alimentação diferente, uma filosofia de vida diferente.
E isso não é pacífico. Qualquer mudança aos hábitos significa um choque de ideias. Todos nós acreditamos que a nossa verdade é a única, e queremos mostrar isso aos que nos rodeiam.
Crescer é perceber que a nossa realidade só nós a conseguimos ganhar. Se eu quero ir à praia, não posso estar dependente que alguém me queira levar, ou que alguém decida por mim se posso ou devo ir ou não.
Crescer é aprender a abrir as asas, e isso dói, dói porque elas nunca tiveram que abrir.
Crescer é aprender a voar para fora do ninho, sem uma rede de segurança por baixo.
Crescer é ganhar a consciência de que só nós somos os últimos responsáveis pela nossa felicidade. Não gostamos do que comemos? Nós temos que decidir comer de outra maneira. Não gostamos do que vestimos? Nós temos a responsabilidade de encontrar um guarda-roupa que reflicta quem somos. 
E isso aplica-se às áreas mais difíceis da nossa vida: o nosso trabalho, a nossa estabilidade, as nossas relações inter-pessoais.
Crescer é aceitar que agora somos nós que temos que voar, não os outros por nós. Somos nós que temos que procurar a nossa felicidade, ainda que isso implique encontrar soluções menos ortodoxas ou que não são entendidas pelos outros. Afinal de contas, só nós sabemos os nossos limites, as nossas fronteiras, o nosso contexto. Cada um de nós é um universo, e o que para mim é verde azulado, para o outro pode ser azul esverdeado, e ambos estamos correctos e pensaremos sempre que o outro está enganado.
Crescer é aprender a olear as nossas asas e arriscar batê-las.
Crescer é ter a coragem de seguir o nosso coração, sempre, inevitavelmente, seguir o nosso instinto, e ousar procurar a nossa felicidade.
É fácil crescer?
Não.
Mas quero acreditar que um dia se revelará recompensador.
Crescer é ter a coragem de mudar.
Mudar é ter a coragem de crescer.

Rascunhos antigos