Amor eterno...

Lilypie First Birthday tickers

sexta-feira, agosto 24, 2007

Adeus...

O título desta postagem pode ser um pouco esquisito, ou induzir algum leitor a pensar que vou desistir deste meu espaço.

Nada disso.

Adeus a uma pessoa muito querida da minha família.

É curioso. A morte faz de facto parte da vida, mas crescemos (pelo menos eu tive essa sorte) quase sem pensar nela. Quando pensamos, pensamos que ela vem muito longe, que nunca chegará aos nossos, e muito menos a nós.

Quando somos um pouco mais velhinhos, começamos a perceber que há pessoas que partem. Umas de forma menos trágica, umas de forma mais trágica (ainda hoje me lembro do Sérgio Nunes, por exemplo, que foi meu colega e que adormeceu ao volante na vinda de um concerto). Mas como diz o meu pai, ninguém fica cá para conserva.

Sendo católica, sei que a morte é apenas a passagem para a vida eterna, em que vamos para junto de quem nos criou, e que vamos porque é essa a Sua vontade. Ajuda de facto pensar nisso. Que não partimos apenas porque sim. Ou porque houve um cataclismo, ou porque algo se atravessou à nossa frente.

Encontro de facto conforto na ideia de que partimos "quando é chegada a nossa hora".

Poderao dizer que o que cá fica é apenas o corpo, que entrará em decomposição, que em nada mais que terra se transformará, e que a morte é o fim de tudo.

Pessoalmente, não acredito nisso. É evidente que quando se parte, o nosso corpo fica. Mas não é apenas o corpo que fica. É também a memória. E muitas vezes (sim, porque eu acredito nisso), o espírito da pessoa, ou pelo menos parte dele, fica conosco. Até nos habituarmos.

No entanto, e apesar de se as coisas correrem bem, as pessoas saberem que a morte vai chegar, quando ela chega de facto torna-se muito difícil.

Primeiro é o vazio. É, seguidamente, o "nunca mais nesta vida" que toma lugar. E depois disso a sensação de injustiça. A sensação de que todos nos poderiamos ter feito mais. Penso que aos poucos vá chegando a saudade. Talvez à medida que se saia do choque do "nunca mais".

É certo, resta a consolação de que a pessoa não sofre mais.

Para ela, o sofrimento acabou.

E para nós?...

Esta postagem está a ficar confusa, provavelmente apaga-la-ei, sei lá já o que quero dizer.

No fundo acho que estou a reagir bem, apesar de saber e sentir que ainda não exteriorizei a minha tristeza. Mas foi de facto o melhor... o sofrimento, o sentimento de lento apagar, acabou. Onde estiver, está melhor...

Agradeço que não sejam colocados comentários nesta postagem.

Ps - vou começar a trabalhar 2f numa empresa chamada AES-Arqueologia.

1 clips:

Anónimo disse...

se n�p queres coment�rios tens que tirar essa op�o do post... Como eu te compreendo! E tens raz�o naquilo que escreveste. Bjitos

Rascunhos antigos