Amor eterno...

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segunda-feira, janeiro 04, 2010

De um email que me enviaram e que achei interessante:

"De origem desconhecida.

TEMPOS DE FIM DE REGIME

"Sou filho de professores primários.De 1960 a 1965 o meu pai deu um curso nocturno da instrução primária, no Luabo, província da Zambézia, Moçambique. Tinha alunosidos de Portugal, outros de lá.Entre eles estava um negro, já com cabelos brancos, que nunca faltou a uma aula. Lembro-me de numa noite de tempestade ir à escolacom o meu pai. A água chegava pelos joelhos, todos faltaram menos aquele negro. O meu pai nunca o propôs ao exame da 4ª classe, porque em todos os ditados dava dezenas de erros – era mesmo às dezenas.No fim do ano lectivo de 1965 fomos para Lourenço Marques. Eu estava na sala, vi o meu pai dizer que não queria sair da terra sempropor a exame o aluno mais dedicado que tinha tido na vida.Então o homem levantou-se, era alto e seco de carnes, e com ar solene disse que agradecia muito o favor, mas recusava a proposta. Omaior sonho da vida dele era conseguir o diploma da quarta classe, mas só o queria quando o tivesse com merecimento.Já não sei o nome do senhor, mas continua a ser o maior exemplo de verticalidade a que assisti. Às vezes, quando vejo tantastrapalhadas com as “novas oportunidades”, com o Sócrates a fazer cadeiras ao Domingo, ou com o Vara a fazer a pós-graduação antes da licenciatura, fico a pensar que cresci num mundo que já não existe".


Por favor, tirem-me daqui.

PS – Decidi contar isto depois da lamentável entrevista do Vara na “nossa” RTP. Agora não há arguido ilustre, desde o Dias Loureiro ao Vara, que não tenha direito a ir, em horário nobre, contar a sua versão na televisão paga com os nossos impostos. Porque não convidam também os arguidos dos bairros sociais? Também eles têm igual direito a pressionar a justiça por essa via."


"Noscete ipsum"

Rascunhos antigos