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sábado, fevereiro 12, 2011

Da indústria do casamento

A maior parte das meninas, desde pequeninas, sonham com um casamento cor-de-rosa, com muita festa, muita música, muitos convidados, muita comida...
Eu não sou excepção.
Tinha os meus 9 anos e sempre que ia jantar fora desenhava nas toalhas de papel conjuntos de noiva: vestido, véu, flores, sapatos, anéis, colares, etc. (O jeito não era muito, mas isso não interessa nada. A intenção estava lá).
Quando fui pedida em casamento, quando me tornei noiva, fiquei muito feliz. Ia realizar o meu sonho de criança!
Queria tudo do bom e do melhor...
Até que comecei a ver preços de tudo e mais alguma coisa.
Vestidos caros como se fossem debruados a diamantes, safiras e ouro.
Alianças que custam mais que um carro em segunda mão.
Quintas que cobram por pessoa o que se gasta em comida para não sei quantos dias.
Serviços de Catering que nos levam o equivalente a dois depósitos cheios de gasóleo por pessoa e ainda dizem "o preço está bastante acessível".
Fotógrafos que cobram mais que um piano acústico vertical.
Depois, no CPM, uma rapariga que ia casar na semana a seguir disse uma frase que me deixou a pensar: "eu caso-me nem que caiam picaretas."
E realmente... não é esse o significado do casamento?
Unir-mo-nos à pessoa que amamos? Independentemente de termos um vestido de 2000 euros, uma aliança (UMA) de 900, um serviço de fotógrafo de 2000 ou mais, um copo d'água numa quinta para cima de 5000 ou 6000 euros, etc etc etc?
Comecei a pensar muito mais nestas questões.
Claro que o meu sonho de criança não se desvaneceu... há sonhos que nunca mudarão. E se eu fosse rica, ou se me saísse o euromilhões, faria a minha festa de casamento na quinta que mais gostei de visitar, escolheria um fotógrafo que registasse todo e qualquer momento desse dia tão especial, teria um bouquet lindo, escolheria o vestido dos meus sonhos, a aliança mais original...
Mas não tenho esse dinheiro nem o euromilhões.
Por isso vou fazer a festa em casa.
Casada com um vestido feito pela minha mãe.
Com uma aliança tradicional, simples, clássica.
Com um bouquet feito no dia, com flores frescas acabadinhas de comprar no mercado.
Com um bolo de noiva feito pela minha mãe e pela L.
Com apenas 50 convidados, 90% dos quais são família.
E sabem que mais?
Vai ser um casamento muito especial porque no fim de contas, terá o fundamental.
Eu, ele, a família e o nosso amor.

Por isso, a indústria do casamento terá de passar sem nós.

Nós sem dúvida passaremos muito bem sem ela! =)

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7 clips:

Elias disse...

Bravo! Saiu-te um post excelente, tão verdadeiro e tão cheio de pensamentos nobres... não poderia estar mais de acordo com tudo o que dizes :)

kika disse...

concordo plenamente com tudo o que aqui foi escrito...
tenho uma amiga que casa a 31 de Julho e ando parva com os preços das coisas, parece que quando se diz que é para casamento os preços triplicam...

Rita P Faleiro disse...

Sam: podes ter a certeza. As pessoas abusam. Apoiam-se no facto de que para a sociedade em que vivemos, uma festa de casamento não é festa a não ser que gastes milhares de euros...

Inês Correia disse...

Vai ser um casamento lindo! Não tenho a menor dúvida. O importante é o sentimento que vos une. Jokinhas miga.

Rita P Faleiro disse...

Obrigada Inês! =)

Cidália Teixeira disse...

Olá Rita
Este post supera tudo o que penso acerca dos casamentos e da indústria que os envolve, então se forem no Verão os preços triplicam. Ainda me lembro do dia em que me casei e já lá vão muitos anos. Dado que foi tudo muito caseiro, (o meu vestido custou 500.00 escudos com tecido branco de uma loja de cortinados.
Há..., mas esqueci-me do ramo de noiva. Fui ao jardim e pronto. Ficou resolvido e muito lindinho.
O casamento ainda dura.
Abraços literários, Cidália

Rita P Faleiro disse...

Olá Cidália,

Exacto. Não é necessária toda esta indústria para tornar um casamento especial... torna-o apenas um acontecimento de massas, e não é isso que quero para o meu!
Obrigada pelo comentário,

Rita

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