A 26 de Março de 1827 morreu um dos maiores génios da Música Erudita. Beethoven.
E por sinal um dos meus compositores favoritos.
As suas obras, quaisquer que sejam, são autênticos monumentos, autênticos pedaços do património cultural mundial da Humanidade.
Há génios neste mundo, almas evoluídas, seres que são de facto superiores ao resto dos mortais, e este homem foi um deles. Pensem na sua última sinfonia, escrita no mais avançado estado de surdez.
Há silêncios impostos que são vencidos; o ser humano tem uma capacidade de se superar incrível. Ele não precisava da audição... bastava-lhe a sua inteligência musical, o seu instinto, a sua intuição.
Dotar de palavras de Schiller a sua última sinfonia. Um grito pela liberdade, pela igualdade dos povos.
"O resumo de sua obra é a liberdade," observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida" (in Wikipedia).
Rompeu a barreira entre conteúdo e forma. A música tem um conteúdo, é mais que apenas uma forma, é mais que esqueleticamente uma sinfonia. É sim uma sinfonia completa, abrangente, que por intermédio das palavras diz a todos o que realmente se passava na cabeça e alma do compositor.
Mais tarde, isto transformar-se-á na "Obra de arte total" de Wagner; creio que a Nona de Beethoven é um bom começo, um bom início... ou uma boa consagração. Mais do que as óperas anteriores, em que importava o texto; mais que as sinfonias anteriores, em que importava a música per se. A nona junta o melhor das duas áreas, e é catapultada para o sucesso. Poesia e Música reencontram-se, quais irmãs perdidas durante muito tempo, e são tratadas com igual importância.
Como não reconhecer este homem como génio, como revolucionador da música? Escreve para si. Segundo as suas regras. Como não o admirar?
E é caso para dizer... se o silêncio apenas aparece em nós quando morremos, Beethoven venceu realmente a morte e o silêncio... e continua tão presente entre nós como quando estava vivo.
Pode fazer hoje anos que ele morreu... mas que continua vivo, continua...
"Nosce te ipsum"
Há 1 mês
3 clips:
Gosto de Bethoven, mais do que de Wagner.
Olhos Dourados: já somos duas =)
Beijinhos
Pois é, felizmente a espécie humana tem disso: no meio de tantos "exemplares" maus, medíocres ou simplesmente normais e comuns, volta e meio aparece um génio, e isso nas áreas mais diversas...
Beethoven sem dúvida foi um deles.
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